Sobrinha suspeita que homem encontrado ao lado de cama em chamas foi assassinado
Zildo foi achado caído no chão do quarto, nu e próximo a uma poça de sangue e polícia investiga o caso
Sobrinha de Zildo Pereira da Silva, de 47 anos, Karolinne Pereira da Silva, de 24 anos, contesta a versão de que o tio teve uma morte por causas naturais e afirma que a polícia encontrou ferimentos que indicam assassinato. O homem foi encontrado morto na noite deste sábado (1°) caído no chão do quarto, próximo a uma poça de sangue e ao lado da cama em chamas, no Bairro Alves Pereira, em Campo Grande.
Embora uma das irmãs da vítima, Idalina Pereira da Silva, de 52 anos, tenha dito mais cedo à reportagem que a principal hipótese era de que o irmão havia passado mal e caído ao lado da cama, Karolinne fez contato com o Campo Grande News para contar outra história.
Ela afirma que acompanhou todo o trabalho dos investigadores e da perícia, depois conversou com a equipe para entender o que havia acontecido com o tio. Ela afirma que o caso é apurado como homicídio.
Quando a polícia chegou ao local, segundo Karolinne, a constatação foi de que o tio já estava morto há pelo menos seis horas. Além disso, dois ferimentos foram encontrados no corpo: na cabeça e no pescoço. Para ela, as equipes explicaram que o tipo de lesão pode indicar que Zildo foi assassinado a pauladas, no entanto, a “arma” não foi encontrado na casa.
Os indícios de crime levaram os policiais as casas e comércios com câmera de segurança na região, com intenção de descobrir quem estava com Zildo na hora de sua morte. “Disseram ser uma pessoa só que cometeu o crime, pois ateou fogo na cama para apagar qualquer vestígio. A intenção do criminoso era de botar o fogo nele também, mas a princípio não conseguiu colocar o corpo na cama”, revelou a jovem.
Nesta manhã, Idalina afirmou também que o fogo na cama poderia ter sido causado por um cigarro aceso, já que a vítima fumava diariamente.
Por enquanto, o caso é investigado como morte a esclarecer. Os exames de necropsia realizados no Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) devem constatar a causa da morte de Zildo.
Entenda – Uma das irmãs da vítima foi até sua casa convidar para jantar e descobriu o incêndio ao acaso, ao tentar abrir uma janela.
No primeiro momento, o fogo e a fumaça dentro do imóvel fechado não deixaram com que vissem Zildo caído. A família se uniu para apagar o incêndio com baldes de água e só depois, com o fim das chamas, encontraram o morador morto. Ele estava nu, com um cobertor enrolado na cintura e ao lado de uma poça de sangue.
Zildo sofria de esquizofrenia, mas era uma figura conhecida no bairro e segundo a família, todos gostavam dele. Justamente por isso sempre era chamado para fazer “bicos” para os outros moradores. Com o dinheiro que ganhava, comprava cachaça e cigarros.