Subtenente que perseguiu namorada adolescente nega crime, mas continua preso
Militar afirma que não atirou e que ele mesmo acionou a PM após a jovem de 16 anos fugir de sua casa
O subtenente da Polícia Militar Mauri de Oliveira, de 50 anos, continuará preso após audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (1º), um dia depois de ser preso em flagrante por perseguir uma adolescente de 16 anos pelas ruas de Campo Grande. Quando foi preso, ele negou aos policiais ter disparado a arma e também afirmou que não mantinha relacionamento com a adolescente.
RESUMO
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Um subtenente da Polícia Militar de 50 anos teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva após perseguir uma adolescente de 16 anos em Campo Grande. A vítima relatou à polícia um relacionamento de dois anos com o militar, marcado por ciúmes e que culminou com a perseguição. O subtenente efetuou disparos para o alto durante a perseguição, segundo a adolescente. A jovem e sua mãe moravam na residência do subtenente, que arcava com as despesas da família. A adolescente conseguiu ajuda de um motorista de aplicativo e acionou a polícia. O militar foi preso e sua arma apreendida. A defesa do subtenente afirma que os fatos não ocorreram como divulgado e pedirá sua liberdade. A mãe da vítima confirmou que a filha faz tratamento psicológico.
Apesar da versão apresentada por Mauri, a adolescente relatou à polícia que tinha um envolvimento com o militar há aproximadamente dois anos. Ela contou ainda que era alvo de ciúmes constantes, o que motivou o término. Inconformado com o fim, ele a perseguiu na noite de quarta-feira (31), chegando a efetuar disparo para o alto, segundo o relato da vítima.
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A garota e a mãe moravam na casa do subtenente, na região do Bairro Santo Eugênio. Conforme apurado pelo Campo Grande News, além de dar presentes e dinheiro, o militar arcava com todas as despesas da família. O padrasto da adolescente também chegou a residir por um tempo no local.
O caso - Durante a perseguição, a menina correu pelas ruas do bairro até conseguir ajuda com um motorista de aplicativo, que a viu desesperada e tentou socorrê-la. “Parei o carro e, logo em seguida, um homem virou a esquina correndo e atirando para cima. Ela saiu correndo e ele foi atrás”, contou o motorista, que levou a adolescente até uma praça na Avenida Eduardo Elias Zahran, onde conseguiram pedir ajuda à Polícia Militar.
O subtenente foi até o local onde estavam os policiais, acompanhado da mãe da adolescente. Todos foram levados à delegacia, e a arma do militar acabou apreendida. A jovem foi encaminhada de volta para Bela Vista, cidade onde nasceu e onde conheceu o policial.
Segundo a mãe da vítima, que também morava na casa do PM, a filha passa por tratamento psicológico no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) e já teve episódios de surto, incluindo um em que saiu nua pelas ruas. Questionada sobre o relacionamento da adolescente com o militar, ela apenas disse: “Hoje em dia não dá para entender a cabeça dos adolescentes”.
Outro lado - Conforme o advogado do subtenente, Conrado Lacerda, que conversou com o Campo Grande News, “o processo está em segredo de Justiça. O que posso comentar sobre o assunto é que os fatos não transcorreram como veiculado pela mídia e a defesa apresentará pedido para que ele responda em liberdade”.
A prisão em flagrante de Mauri foi convertida em preventiva. Ele segue preso e à disposição da Justiça.
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