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Capital

Suspeito de integrar esquema de tráfico de armas, perito se diz injustiçado

Omar Ferreira Miguel foi detido no terminal rodoviário da Barra Funda, em São Paulo, mas já está em liberdade

Luana Rodrigues | 26/05/2017 17:15
Omar Ferreira Miguel, legista forense em Mato Grosso do Sul. (Foto: José Antônio de Andrade/Jornal da Nova)
Omar Ferreira Miguel, legista forense em Mato Grosso do Sul. (Foto: José Antônio de Andrade/Jornal da Nova)

Suspeito de integrar um esquema de tráfico de munições, o médico Omar Ferreira Miguel, 40 anos, que trabalha em Mato Grosso do Sul como perito oficial forense, se diz injustiçado. Por meio de nota encaminhada ao Campo Grande News nesta sexta-feira (23), o advogado do perito diz que ele é ‘totalmente inocente das acusações’.

Conforme Luiz Antonio Saboya Chiaradia, o médico não praticou crime algum, pois se encontra amparado pela lei. “Omar trata-se de um médico dedicado e trabalhador, pai de família e indivíduo primário, que jamais ostentou antecedentes criminais”, disse o advogado.

Prisão - O perito havia sido preso no último dia 17, com mais de 600 munições de uso restrito, ao desembarcar em uma rodoviária na capital paulista. Omar só foi solto na última terça-feira (23), mesmo assim é investigado por envolvimento em um suposto esquema de tráfico de munições.

Miguel terá o direito de responder a acusação em liberdade. Ele foi detido na carceragem do 2º DP paulistano, no bairro do Bom Retiro, região central daquela cidade, responsável pela operação que lhe prendeu.

Segundo o delegado Carlos Poli, titular da delegacia e que comandou a prisão de Miguel, a informação de sua chegada foi dada por um homem acusado de arrombar apartamentos em bairros de luxo de São Paulo. O que deixa a polícia apreensiva com a possibilidade do médico fazer o trabalho de transporte ilegal de munições.

“A munição era de qualidade e restrita, como a calibre ponto 40, que só policiais usam. Abrimos um inquérito paralelo e ele (acusado) nos contou que vinham do Paraguai por um mula (jargão policial para transportadores de armas e drogas) com autoridade, que não era parado nem pelo Exército”, disse o delegado.

Segundo Poli, as informações sobre a chegada de munições foram obtidas “por mais de uma fonte.” “Disque-denúncia, testemunha, todos deram as mesmas dicas, da origem, do ônibus. Difícil não ser algo quente com mais de uma pessoa falando”, disse.

Poli informou que a Justiça aceitou a argumentação do médico de que era servidor carreirista do Estado. Mas que os elementos para se investigar um suposto tráfico de armas e munições foram suficientes para que o caso continuasse a ser apurado pelos policiais.

“Existe alguém abastecendo quadrilhas. Precisamos saber quem. Ele alega que era colecionador e que iria visitar parentes. Mas quem carrega tanta munição sem nenhum interesse? Precisamos levantar dados. Conseguimos telefones, vamos conversar com a polícia daí (MS) e tentar uma aproximação. Há algo acontecendo”, completou o delegado.

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