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Capital

Taxistas se unem contra tendência e querem lei para proibir Uber em MS

Ricardo Campos Jr. | 24/09/2015 17:35
Alguns profissionais da categoria acompanharam audiência (Foto: Fernando Antunes)
Alguns profissionais da categoria acompanharam audiência (Foto: Fernando Antunes)

Taxistas se antecipam à chegada do Uber a Campo Grande e levantam bandeira contrária ao uso do aplicativo na cidade. O programa de celular intermédia o transporte de passageiros em carros particulares de luxo com serviços vip, que incluem até wi fi. O deputado estadual João Grandão (PT) propôs uma lei que proíbe corridas pagas em veículos não cadastrados junto aos órgãos competentes em Mato Grosso do Sul.

“Nós estamos nos antecipando para prevenir alguma situação. Nossa intenção é melhorar o transporte e regulamentá-lo”, disse o petista.

Audiência pública foi realizada nesta quinta-feira (24) para discutir o assunto. Comandada pelo parlamentar propositor da norma, contou ainda com a presença do vereador Alex do PT, do presidente do Sintaxi (Sindicato dos Taxistas do Estado), Bernardo Quartin Barros; do presidente do Sindicato dos Taxistas de Dourados, Odacil da Costa Barbosa; do membro do Conselho Municipal de Trânsito da Capital José Luiz Krevtz e da representante da Agetran (Agência Municipal de Transportes e Trânsito) Marlene Ferraz.

Não sobraram críticas ao aplicativo. Vários profissionais cadastrados estavam no plenário e manifestaram apoio ao texto, assim como os políticos e representantes das demais entidades.

Marlene apontou que o aplicativo em si não é ilegal, mas que deveria ser utilizado apenas pelos taxistas, como é feito com o 99Táxi e o Easy Taxi. “O problema é a atividade paralela não autorizada”, afirma.

A conversa prosseguiu como se o aplicativo já estivesse sendo utilizado na cidade, mas ainda não faz parte da realidade de Campo Grande. Krevitz conclamou a categoria a denunciar possíveis pontos e motoristas do Uber para que seja cobrada a legalidade. “Precisamos estar alertas e vigilantes”, afirma.

Os taxistas que acompanhavam a audiência aproveitaram para externar alguns problemas enfrentados na rotina de trabalho, como a falta de estrutura nos pontos e a grande quantidade de multas recebidas durante embarque e desembarque em áreas com faixa amarela.

Barros afirma que a entidade já tentou diversas vezes articular com os poderes Legislativos projetos para implantar abrigos, corredores exclusivos e outras medidas para melhorar as condições dos trabalhadores. “Não conseguimos evoluir. Não depende só do sindicato, depende da força política, dos legisladores para poderem se realizar”, diz.

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