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Capital

Tempo muda e agora é o setembro quente e seco a pauta das conversas

Umidade do ar chegou a 13% nesta tarde em Campo Grande e a é previsão de chuva isolada só para o fim de semana

Guilherme Henri e Liniker Ribeiro | 10/09/2018 17:27
Névoa seca cobre o céu da Capital devido sistema de pressão atuante no Estado (Foto: Kísie Ainoã)
Névoa seca cobre o céu da Capital devido sistema de pressão atuante no Estado (Foto: Kísie Ainoã)

Depois do agosto incomum com o tempo chuvoso e frio, setembro é assunto na boca do campo-grandense com os dias secos e quentes. Com a umidade em 13%, alguns moradores contam que até o lençol durante a madrugada foi dispensado enquanto outros usam sombrinha e blusas com manga longa para proteger a pele do sol forte.

É o caso de Josefa Augusto Oliveira da Silva, 72 anos. Com uma sombrinha em uma das mãos a idosa diz estar “impressionada com o calor dos últimos dias”. “Há uns 30 anos usávamos até uma cobertinha durante a noite para dormir. Hoje em dia a gente não aguenta um lençol”, diz.

Segundo ela, para aguentar o calor dos últimos dias só na base do ventilador. “É isso ou sofrer”, desabafa.

Opinião compartilhada pelo pintor de automóveis, Wodson Paiva, 37 anos. Conforme ele, para sair de moto neste sol a artimanha usada é sair de camisa de manga comprida. “O bom é que na moto o vento acaba ajudando um pouco amenizando o calor. Porque aqui em Campo Grande em um único dia você consegue presenciar várias temperaturas diferentes”, destaca.

Josefa Augusto Oliveira da Silva (Foto: Paulo Francis)
Josefa Augusto Oliveira da Silva (Foto: Paulo Francis)
Wodson Paiva, 37 anos (Foto: Paulo Francis)
Wodson Paiva, 37 anos (Foto: Paulo Francis)

Acompanhada da neta de 7 anos, a costureira Sara Santos de Souza, 50 anos, diz que quem sofre mesmo com as mudanças repentinas do clima são as crianças. “Haja água, suco para hidratar nesse calorão. Para aguentar só mesmo com ventilador ou banho dobrado. Eu mesma já saio com o cabelo molhado para ajudar a refrescar um pouco”, conta.

Calorão - Além deles, nas ruas o cenário é de pessoas com sombrinhas, garrafas de água, sorvetes ou milk-shakes na mão. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), Campo Grande e outras 53 cidades do Estado estão em alerta devido a baixa umidade relativa do ar nesta tarde.

De acordo com a meteorologista Helena Balbino, na Capital a umidade chegou a 13%. O recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é de pelo menos 60%. Além disso, não chove há seis dias em Campo Grande. O último fenômeno registrado foi no dia 4 com 17 milímetros, o que é considerado pouco.

Nas ruas o jeito é suportar o calor com sorvete ou milk-shake (Foto: Paulo Francis)
Nas ruas o jeito é suportar o calor com sorvete ou milk-shake (Foto: Paulo Francis)

O cenário é ainda pior em outras regiões. No nordeste do Estado, em Cassilândia em setembro ainda não choveu. A última chuva no município ocorreu no dia 9 de agosto.

Além disso, Sonora foi o segundo município mais quente do Brasil ontem (9) com temperatura máxima de 40,8ºC.

Previsão – Ainda conforme o Inmet, o tempo continua claro com baixa umidade do ar, impedindo as pancadas de chuva de se desenvolverem no Estado. Entretanto, a partir da tarde de quinta-feira o tempo ficará mais nublado e ocorrerá chuva isolada no sul.

No centro-norte e nordeste do Estado a umidade atinge índices abaixo dos 20% no período da tarde continuando os riscos de queimadas e de problemas respiratórios.

No Pantanal o tempo estará mais nublado devido aos ventos provenientes do sul que trazem um pouco de umidade e temperatura mais amena.

A partir de quinta-feira a baixa pressão sobre o Paraguai se aprofunda, trazendo ventos de norte com o calor e a umidade da região amazônica. Assim, as chuvas começam à tarde, no sul do Estado.

Na tarde de sexta-feira as pancadas de chuva estarão mais generalizadas sobre o centro, sudoeste e sul.

Umidade relativa do ar atingiu 13% nesta tarde em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)
Umidade relativa do ar atingiu 13% nesta tarde em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)
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