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Capital

Testemunhas são ouvidas e nova audiência deve acontecer em fevereiro

Michel Faustino | 21/01/2015 18:56
Acusados de cometer o crime deixando a audiência. (Foto: Marcelo Calazans)
Acusados de cometer o crime deixando a audiência. (Foto: Marcelo Calazans)

Sete testemunhas foram ouvidas na tarde de hoje (21) durante a primeira audiência de instrução e julgamento dos quatro acusados da morte do empresário Erlon Pereira Bernal, vitima de latrocínio ocorrido em abril do ano passado. Uma nova audiência deve acontecer em fevereiro e mais duas testemunhas serão ouvidas.

A audiência realizada na 6ª Vara Criminal durou pouco mais de duas horas e foram ouvidos:  Lino Bernal, pai da vítima, Daiane Gomes Perez Bernal, esposa de Erlon, Athaide Pereira dos Santos, o funileiro que alterou a cor do veículo roubado, Fátima Conceição Aguilera, além de dois policias civis e um militar do Corpo de Bombeiros.

Ainda devem depor a titular da Defurv (Delegacia de Roubos e Furtos), Maria de Lourdes Cano, que comandou as investigações, e um policial militar que teria sido alvo do bando.

Segundo o advogado da familia, Oton Nasser, o processo caminha para a condenação dos acusados. Ele ressalta que o inquérito que aponta a participação de Thiago Henrique Ribeiro, 21, acusado de ser o autor do disparo que teria matado Erlon, Rafael Diogo, o Tartaruga, 24 e Jeferson dos Santos Souza, 22 é consistente e deve contribuir para a condenação.

Brutalidade - De acordo com o advogado, os acusados revelaram à policia que o empresário ainda estava vivo quando foi enterrado em uma fossa onde o seu corpo foi encontrado dias depois do crime no bairro São Jorge da Lagoa. Segundo Oton, Thiago Henrique Ribeiro teria atingido a nuca de Erlon com um tiro, no entanto, o empresário não morreu instantaneamente e foi jogado na fossa ainda agonizando.

"São coisas que mostram a frieza deles. Eles jogaram o Erlon se debatendo e agonizando na fosse. Ele ainda estava vivo e eles o enterraram", disse.

Tristeza - Ao deixar a sala de audiência, o comerciante Lino Bernal, 58 anos, disse que falou sobre a última ligação que manteve com o filho, antes dele ser morto a tiro pela quadrilha para roubar-lhe o carro.

“Aumenta a saudade”, comentou Lino, sobre o aniversário do filho. Se tivesse vivo, Erlon completaria 34 anos nesta quarta-feira. A esposa deixou o prédio do Fórum sem falar com os jornalistas.

“O transtorno é maior”, lembrou o comerciante, sobre falar da última conversa telefônica com o filho. Ele conversou com Erlon poucas horas antes dele morrer e quando já estava em poder dos bandidos. Ele destacou que espera o andamento rápido do processo. “A Justiça será feita”, disse.

O crime – Erlon foi vender um Golf, quando caiu nas mãos da quadrilha e acabou morto com um tiro na nuca no Bairro São Jorge da Lagoa na tarde do dia 1º de abril deste ano. Ele foi enterrado dentro de uma fossa na casa da adolescente, que está internada há quase um mês.

Thiago Henrique Ribeiro, 21 anos, Rafael Diogo, o Tartaruga, 24, e Jefferson dos Santos Souza, 22, estão presos e poderão ser condenados de aproximadamente 50 anos de prisão pelo crime.

Já o funileiro Ataíde Pereira dos Santos, que pintou o carro roubado de branco, foi indiciado pelo crime de receptação. Ele chegou a ser preso, mas foi liberado após pagar fiança de R$ 2.896. Outro dois homens também foram indiciados pelo crime.

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