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Em Pauta

Ao contrário do Brasil, as mulheres lideram a ultradireita europeia

Por Mário Sérgio Lorenzetto | 10/09/2025 07:20
Ao contrário do Brasil, as mulheres lideram a ultradireita europeia

Com luz e capacidade própria, o Brasil só conta com uma mulher entre os lideres da ultradireita. Teresa Cristina, senadora pelo Mato Grosso do Sul, é a líder inconteste do setor agropecuário do país. E é só. Todos os demais nomes femininos são dependentes de Bolsonaro. Não dispõem de votos e nem de liderança de algum setor da economia ou da politica nacional. Sem Bolsonaro, tendem a sucumbir, desaparecer no ostracismo. Não é o que acontece na Europa.


Ao contrário do Brasil, as mulheres lideram a ultradireita europeia

A última eleição mostrou a força Sylvi.

A ultradireita irrompeu na Noruega muito antes da maioria dos países europeus. As últimas eleições colocaram o Partido do Progresso, coincidentemente PP, como o de Teresa Cristina, na segunda posição. Como na Alemanha, França, Itália, Dinamarca ou Finlândia, a ultradireita na Noruega está encabeçada por uma mulher: Sylvi Listhaug, de 47 anos. Ela se define como admiradora de Ronald Reagan e de Margaret Tahtcher. Não é idiota, não fala sobre a existência sequer de Trump. Os progressistas, sob o comando de Sylvi, conquistaram 48 cadeiras no parlamento, o dobro das eleições passadas.


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Uma lésbica comanda a ultradireita alemã.

Economista de 46 anos, Alice Weidel, a líder a ultradireita alemã, é um rosto público improvável para um partido que luta ferozmente contra a imigração. A alemã tem dois filhos com uma mulher do Sri Lanka , uma cineasta, fala mandarim fluentemente, tendo feito doutorado na China. Antes de entrar na politica, trabalhou para o grupo financeiro Goldman Sachs e para a empresa de gestão de investimentos Allianz Global. O perfil incomum de Alice é exatamente o que faz dela uma vantagem para a AfD, o partido da ultradireita alemã, empresta-lhe um verniz de respeitabilidade para o único partido dessa vertente politica que não é aceito pelos demais ultradireitistas europeus.


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A Meloni que vem dando frutos.

Giorgia Meloni é uma jornalista italiana atualmente servindo como a primeira-ministra de sua pátria. É a primeira mulher a ocupar esse cargo. Deputada desde 2006, dirige o partido “Fratelli d’Italia. A italiana colocou a juventude italiana à frente da politica ao tornar-se líder da “Ação Estudantil”. Em seguida, foi nomeada Ministra da Juventude. Durante a pandemia, Meloni e seu partido eram os únicos a fazerem oposição ao governo de unidade nacional. Meloni continua dominando a juventude italiana. Seu governo vem dando frutos futuros.


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A esquerda que é de direita. Samba do crioulo doido na Dinamarca.

Não existe uma única líder da ultradireita na Dinamarca, pois a ultradireita é representada por vários partidos e figuras. No entanto, a líder dos sociais-democratas, que nós chamaríamos de esquerda, adotou um discurso super rigoroso sobre imigração e passou a ser considerada de ultradireita. Mette Frederiksen, a primeira-ministra da Dinamarca, tem 47 anos e foi ministra do Emprego e também da Justiça. Sua fama cresceu ao marcar e desmarcar, por três vezes, seu casamento com o mais importante cineasta do país. Em 2024, foi atacada e agredida por um homem, mas deixou a praça onde estava caminhando. Uma prova de sua força.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.