ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Trabalhadores de frigoríficos querem fim de hora extra contra acidentes

Lidiane Kober | 11/02/2014 14:09

Para evitar acidentes nos frigoríficos de Mato Grosso do Sul, trabalhadores cogitam propor em acordo coletivo o fim das horas extras. De acordo o Ministério da Previdência Social, entre 2010 e 2012 foram registrados 61.966 acidentes no setor, com 111 mortes no mesmo período.

“Os números são assustadores, pois as empresas incentivam os funcionários a trabalhar além da carga horária quando já estão esgotados e é nesse período que ocorrem os casos mais graves”, disse Rinaldo Salomão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins de Campo Grande e diretor na CNTA Afins (Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins).

Ele, inclusive, garantiu que os números não correspondem à realidade. “Nem tudo é comunicado e cadastrado. A não ser em casos graves”, comentou o sindicalista. Diante da gravidade da situação, o assunto foi debatido ontem (10), em audiência pública, no Senado Federal. O encontro foi na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.

Na ocasião, a CNTA Afins, que representa cerca de 400 mil trabalhadores do setor nas atividades de abate e fabricação de produtos de carne no Brasil, lançou no Senado a Cartilha dos Trabalhadores do Setor Frigorífico e também pesquisa do Dieese sobre o Perfil dos Trabalhadores em Frigoríficos do Brasil.

Entre as principais mudanças, eles propõem a melhoria das condições de saúde e segurança nas indústrias, adaptações estruturais, rodízios de trabalho, concessões de pausas térmicas e ergonômicas e a adoção obrigatória de Equipamentos de Proteção Individual.

O setor frigorífico, que possui alta rotatividade de emprego e baixa escolaridade de trabalhadores, segundo pesquisa do Dieese, é responsável por alto número de acidentes e doenças ocupacionais no país, ocasionados, principalmente, por extensas jornadas de trabalho, movimentos repetitivos e exposição à umidade e variações bruscas de temperatura.

Nos siga no Google Notícias