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Capital

Tribunal de Justiça manda "gerentona" do jogo do bicho de volta para a prisão

Darlene Luiza Borges foi presa em dezembro, conseguiu soltura em março e hoje teve decisão contrária

Marta Ferreira | 18/05/2021 17:13
Darlene, de costas na imagem, dentro da viatura quando foi presa. (Foto: Bruna Marques)
Darlene, de costas na imagem, dentro da viatura quando foi presa. (Foto: Bruna Marques)

Por unanimidade, desembargadores do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) decidiram nesta tarde pelo retorno à prisão de Darlene Luiza Borges, de anos. Apontada como gerente do jogo do bicho em Campo Grande, “Dadá”, como é conhecida, é ré na operação Omertá, força-tarefa atuante desde 2019 contra o crime organizado.

Darlene foi presa sob acusação da prática dos delitos de associação criminosa, lavagem de capitais e exploração de jogos de azar. Ela ficou na cadeia até 12 de março deste ano, quando conseguiu decisão de liberdade da parte do juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal, onde tramita ação criminal da Omertà.

Inconformado com o despacho favorável à investigada, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) recorreu ao segundo grau, que julgou hoje o caso, determinando o retorno da mulher ao regime fechado.

O entendimento é da 2ª Câmara Criminal do TJMS, responsável por avaliar todos os recursos referentes à Omertà. A operação já teve seis fases, com mais de cem investigados por uma lista de crimes, da exploração dos jogos de azar ao tráfico de armas e assassinados por encomenda.

A prisão - Darlene foi alvo da fase 6, denominada “Arca de Noé”, que atacou a estrutura do jogo do bicho na cidade. No dia 2 de dezembro, foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão.

A autorização judicial também determinou bloqueio de R$ 18 milhões nas contas de envolvidos nas investigações.

Os processos judiciais decorrentes estão na fase de audiências. Darlene já apresentou defesa.

Diante da decisão de hoje, o advogado dela, José Roberto da Rosa, informou que vai entrar com medida judicial no STJ (Superior Tribunal de Justiça.

Conforme o argumento dele apresentado ao Judiciário, Darlene não oferece riscos à investigação, tem residência fixa e está vivendo da loja de roupas que possui.

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