Um ano de pandemia não foi suficiente: 8% negam a covid, diz levantamento
Consulta, conforme Marquinhos Trad, foi feita para embasar as medidas em adoção contra o coronavírus
Ao falar ao Campo Grande News nesta terça-feira (9) sobre a dificuldade de convencer parte da população sobre a gravidade da pandemia de covid-19, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) citou dado de levantamento que foi feito, segundo ele, para embasar a tomada de decisões. Um dos recortes surpreende: 8% dos ouvidos negam a doença, conforme informado por Marquinhos.
Ainda tem gente que nega a doença”, admira-se o chefe do Executivo municipal em relação aos que desacreditam da seriedade da enfermidade, assim como há quem não creia na ida à lua. A diferença é que a covid-19 já deixou mais de 1,5 mil famílias em luto.
A consulta, relata, encontrou razões totalmente contrárias às recomendações feitas o tempo todo pelas autoridades sanitárias para se precaver da doença. Nâo foram citados dados objetivos do levantamento.
Em ordem de citação dada pelo prefeito, as pessoas relatam já ter pego a doença e não ter mais risco de se contagiar, o que é um engano. Depois, admitem ter relaxado em cuidados básicos, como lavar as mãos sempre ou passar álcool para se livrar da presença do vírus. Há também os que acham que o pior já passou, embora a lotação dos hospital e o número de mortes, oito só ontem em Campo Grande, digam o contrário.
Para o prefeito, ao ser instado a definir o que explica esse estado de negação e desrespeito a conselhos baseados na ciência, Marquinhos pensa um pouco, primeiro define como falta de “solidariedade coletiva”. Depois acrescenta outra palavra: está faltando consciência.
Na visão de Marquinhos, não falta informação. “As pessoas sabem”, diz sobre as formas de se evitar o contágio pelo novo coronavírus.
A doença, em Campo Grande, atingiu 76,8 mil pessoas. Dessas, mais de 1,5 mil não tiveram chances, morreram. Há, hoje, cerca de mil pessoas cumprindo isolamento domiciliar por causa do vírus. Cerca de 290 estão internadas em consequência dos reflexos da enfermidade.
A linha do tempo da doença, desde um ano atrás, é totalmente ascendente na cidade, o que desaconselha relaxamento nos cuidados, até porque a vacinação está lenta e o vírus está registrando mutações.