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Capital

Violência assusta moradores e comerciantes da Vila Progresso

Thiago de Souza e Juliana Brum | 05/09/2015 18:24
Moradora há 30 anos se diz aprisionada na própria casa, por conta da violência. (Foto: Gerson Walber)
Moradora há 30 anos se diz aprisionada na própria casa, por conta da violência. (Foto: Gerson Walber)

Moradores da Vila Progresso, região Sul de Campo Grande vivem constantemente com medo, pois o bairro abriga uma “cracolandiâ” e um dos mais movimentados pontos de prostituição de travestis na capital.

Quem mora na Rua Trindade sabe o que é ter medo. Theresa Rodrigues, 69, moradora do bairro há 30 anos, relata uma invasão a sua residência. “Entraram no meu terreno três vezes. Da última vez, às cinco da manhã, um homem quebrou o motor do portão, entrou para tentar roubar o carro, mas sem sucesso foi embora. Me sinto fechada, como numa prisão, porque tem muito malandro, e nem de dia posso deixar o portão sem chaves”, desabafou a moradora.

Um jovem, que não quis se identificar, mas conhece o bairro há mais de três décadas, contou que lá existem muitos viciados em drogas, o que acaba sendo responsável pelos pequenos furtos. Conta que de noite é prostituição, de dia é droga e dispara: “Tem muita gente grande envolvida. A solução é fazer batida policial todo dia, os recolhendo para as delegacias e centros de reabilitação. A solução existe, basta o Poder Público querer” avisa o morador.

O monitor de uma academia de ginástica, também na Rua Trindade, próximo a madeireira Pazinha, disse que a dona da academia viu uma movimentação suspeita, no comércio em frente. Uma das alunas estava presente quando a madeireira foi assaltada, em plena luz do dia. Com isso, os funcionários do comércio da região estão amedrontados.

Mesmo quem não foi assaltado, se sente acuado diante de tantos relatos de violência. É o caso do proprietário de uma floricultura do bairro, que está determinado a resistir ao problema. “Meu comércio existe há mais de 20 anos, mesmo diante da violência, não pretendo mudar de local”, resiste o comerciante.

Comércio na região tem de ser protegido por grades. (Foto: Gerson Walber)
Comércio na região tem de ser protegido por grades. (Foto: Gerson Walber)
Reforço foi necessário após três invasões. (Foto: Gerson Walber)
Reforço foi necessário após três invasões. (Foto: Gerson Walber)
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