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Capital

Vizinhos viram orgias com crianças e reclamam de som alto em chácara

Aliny Mary Dias | 07/11/2013 09:46
Moradores que vivem no entorno de chácara só têm reclamações ao evento (Foto: Cleber Gellio)
Moradores que vivem no entorno de chácara só têm reclamações ao evento (Foto: Cleber Gellio)

Moradores do entorno da Chácara da Associação dos Funcionários do Detran reclamam que os bailes funks, com orgias sexuais, causam transtornos há cerca de um ano. Um morador disse que até já viu crianças de nove anos praticando sexo durante as festas realizadas no local.

O Campo Grande News foi até a chácara na manhã desta quinta-feira (7) e as reclamações de vizinhos, que em maioria pediram para não ser identificados por medo de represálias, são inúmeras.

Um deles mora há mais de 10 anos na região e afirma que os bailes funks na chácara começaram há cerca de 1 ano. No início, o som alto era o único problema. “A gente não consegue dormir, ficamos acordados até às 6 horas da manhã todo dia que tem festa, na sexta e no sábado”, afirma.

Pouco tempo depois de a chácara se tornar o “point” dos frequentadores de bailes, as orgias e situações denominadas pelos vizinhos como “baixaria” começaram. “É só você passar ali na frente que vê crianças. São meninas de 9 anos fazendo sexo e usando drogas”, desabafa o morador.

Outro vizinho da chácara e que cansado da situação fez uma denúncia à Polícia Civil há 30 dias é o policial militar Vanderlei Ferreira de Oliveira. O homem conta que desde que o grupo começou a organizar bailes no local, a paz dos moradores acabou.

“Nós estamos incomodados e revoltados com essa situação. Apesar de eu ser policial militar, eu fiz várias chamadas para a corporação e eles vão, mas na hora que as viaturas chegam eles abaixam o som e os adolescentes se escondem. É só a polícia ir embora para tudo recomeçar”, conta Vanderlei.

Na opinião do policial, a única solução para o problema é uma ação conjunta do Conselho Tutelar e da Polícia Militar. “Essas crianças e adolescentes precisam ser tiradas de lá e entregue aos pais, não adianta a polícia mandar embora porque eles voltam”, diz.

O uso de drogas também é uma reclamação recorrente entre os vizinhos. A reportagem encontrou pedaços de sacos plásticos geralmente usados para acondicionar porções de drogas. “É só ir lá depois que acaba os bailes que é fácil encontrar droga e camisinha”, denuncia outra morador da região que também pediu para não ser identificado.

Mesmo com a denúncia feita à Polícia Civil há um mês, o policial militar não teve retorno e agora diz que irá procurar o MPE (Ministério Público Estadual).

Investigação – Após a reportagem publicada pelo Campo Grande News na terça-feira (5), a Polícia Civil abriu inquérito para investigar as festas. Responsável pelo caso, o delegado Paulo Sérgio Lauretto da DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) intimou o organizador das festas, Luciano Franco, mas até ontem o rapaz não havia comparecido à delegacia.

O Campo Grande News tentou entrar em contato com o delegado nesta quinta-feira (7), mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

Nudez e Orgias - No último dia 25 de outubro, um evento denominado “A grande noite das bandidas” foi realizado pelo promoter Luciano Franco de Oliveira, a festa contou com mulheres nuas em cima do palco e orgias sexuais.
Diante de uma das participantes com os seios a mostra, é possível identificar jovens que aparentam ser menores de idade. A denúncia, inclusive, traz fotos de crianças entre 10 e 11 anos que supostamente participam do evento.

Ao Campo Grande News, o organizador de dos bailes realizados há mais de dois anos garantiu que as imagens não traduzem a realidade e que orgias sexuais não são realizadas no local.

“Tem várias festas onde tudo é liberado, mas na minha é tudo certo. Os adolescentes acima de 16 anos podem entrar, mas precisam estar acompanhados de um responsável”, afirma o organizador.

O presidente da associação dos servidores do Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito), Jonas Corrêa da Costa afirmou que o local é cedido para os bailes, mas que os eventos só ocorrem se os organizadores apresentarem alvarás expedidos.

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