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Cidades

Casos que chocam e revoltam, MS tem 210 crianças vítimas de violência

Viviane Oliveira | 01/11/2013 17:30
Alex atua no Conselho Tutelar da área sul, há 2 anos e meio. Ele diz que as denuncias envolvendo casos violência contra crianças tem aumentado. (Foto: Cleber Gellio)
Alex atua no Conselho Tutelar da área sul, há 2 anos e meio. Ele diz que as denuncias envolvendo casos violência contra crianças tem aumentado. (Foto: Cleber Gellio)

Nos últimos dois meses três casos de violência no Estado envolvendo crianças chamou atenção pela brutalidade e sangue frio dos agressores. Em dois deles, as vitimas que tinham menos de dois anos, foram espancadas até a morte.

De acordo com o psicólogo e conselheiro tutelar do Conselho Sul, em Campo Grande, Alex Fabiano de Lima, de janeiro até agora, foram registrados em todo Estado 210 casos de violação do direito da criança, entre violência sexual, psicológica e agressão física.

No ano passado no mesmo período foram registrados 158 casos a mais, segundo dados do Sipia (Sistema de Informação para Infância e adolescência), sistema de informação dos Conselhos Tutelares.

O conselheiro explica que os números podem ser ainda maiores, pois muitos casos não são registrados. “O sistema ainda é falho, acredito que esse número seja ainda maior”, diz, acrescentando que boa parte das agressões acontece dentro de casa.

Para Alex a violência sempre existiu, mas era mais velada. Hoje a questão que envolve violação de direitos da criança e do adolescente tem sido difundida pelos meios de comunicação e pelos órgãos envolvidos. “O que a gente tem observado é que a maioria dos casos acontece dentro da família com crianças menores de 11 anos”, destaca.

As denúncias chegam por meio do disque 100, de escolas e unidades de saúde. “Esses órgãos têm por obrigação entrar em contato com o Conselho Tutelar toda vez  que tiver a suspeita de violência contra crianças. O Conselho não executa, mas direciona para os órgãos competentes, em caso de crime, é acionada a Polícia”, explica.

Marca de sangue ficou no quarto, onde Braian dormia. (Foto: Osvaldo Duarte)
Marca de sangue ficou no quarto, onde Braian dormia. (Foto: Osvaldo Duarte)

Alex, que atua no Conselho Tutelar Sul, no bairro Aero rancho há 2 anos e meio, diz que os casos relacionados ao abuso sexual e vulnerabilidade extrema contra crianças abaixo de 5 anos são os casos que mais sensibilizam.

Recentemente, em Campo Grande, uma criança de dois anos foi torturada pelo namorado da mãe. O acusado Jhonnis Alberto Gomes Corrêa, 21, chegou a colocar a criança em uma máquina de lavar roupas funcionando, além das agressões.

No último dia 21, em Dourados, Braian de Souza Silva de 1 ano e 8 meses, foi espancado até a morte pelo padrasto, Davidson Correia dos Santos, 25. Segundo informações da Polícia, Davidson surrou o menino a tapas, socos e chegou a chutar a criança, que foi arremessada e caiu sobre uma mureta na sala. A criança chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital.

No dia 30 de setembro, também em Dourados, um bebê de cinco meses morreu no hospital com suspeita de espancamento. No corpo da criança, havia hematomas, lesões e uma fratura na cabeça, que causou traumatismo. O acusado pelo crime, José Fernandes de Freitas, 36, que havia dado abrigo para a mãe do bebê em sua casa, junto com a esposa e mais duas crianças.

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