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Cidades

Com chuva, erosão preocupa comércio da Ernesto Geisel

Redação | 24/06/2009 16:45

Com a chegada do inverno e a chuva, a erosão avança na avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande. As obras de barragem realizadas em alguns trechos do Rio Anhanduí despencaram e levaram junto o barranco e parte do asfalto há meses, e o problema só cresce.

Os moradores da região convivem com perigo na via, com tráfego prejudicado por conta das manilhas colocadas na avenida para demarcar a erosão que já engole o asfalto.

Os comerciantes têm receio de prejuízo caso ocorra um estrago maior e a área tenha que ser interditada.

Na Ernesto Geisel, a alguns metros da avenida Fernando Corrêa da Costa, a barragem na beira do córrego já está cedendo. O empresário Washington da Silva Costa, de 40 anos, tem uma loja de motos no local, e diz que teve prejuízo quando a área ficou interditada.

"Se despencar vai ser prejuízo para o comércio e para a população, porque a via que dá acesso a grandes bairros vai ficar interditada", avalia.

Ele afirma ainda que o problema não ocorre somente no trecho onde está sua loja, mas em praticamente toda a extensão do rio. "Está cedendo quase toda a marginal", afirma.

Mais à frente, próximo ao Estádio Guanandizão, na esquina da Ernesto Geisel com a rua Xavier de Toledo, o barranco cedeu e só restou o meio-fio. "Até o asfalto está cedendo", explica o mecânico Ruy Bezerra de Araújo, de 33 anos.

Ele conta que em frente à sua casa há pontos na via em que o asfalto está 'fofo', resultado da erosão que alcançou a via. "Está cada vez mais perigoso", afirma.

Trecho em obras - A 100m do cruzamento da Ernesto Geisel com a avenida Manoel da Costa Lima, as manilhas continuam interditando parte da via, sinalizando trecho em obras, no local onde não há nenhum trabalho há meses, reclamam os moradores.

"Depois que viram que a barragem não deu certo, eles paralisaram a obra. Agora está esburacando o asfalto", afirma o eletricista Valdeir da Costa Lima, de 44 anos, que mora em frente ao local.

Ele diz que, quando as obras foram interrompidas, o asfalto estava inteiro. Mas, com o tempo começou a ceder. Com a erosão e parte da via interditada, Valdeir explica que vieram os acidentes. "Tem acidente direto aqui, porque os carros batem nas manilhas", conta.

O morador diz que tem receio de que a erosão prejudique a estrutura da sua casa, do outro lado da rua. "A cada chuva piora a situação, e a água vai levando um pouco do barranco", diz.

A assessoria da Prefeitura foi questionada sobre a situação das obras no trecho, mas ainda não se manifestou sobre o assunto.

Árvores - Além do perigo na via, os moradores apontam as árvores que têm sido arrancadas pelas águas como um dos principais problemas na via. Na Ernesto Geisel, a alguns metros da esquina com a rua Ezequiel Ferreira Lima, várias árvores estão com as raízes expostas.

O artesão Geraldo da Silva Santos, de 32 anos, conta que algumas delas já caíram e as outras 'não devem durar mais que um mês'. Ele conta que o problema começou quando a margem do rio foi alargada, o que retirou a vegetação ciliar e deixou as árvores desprotegidas.

"Foi um projeto bem mal planejado. Era a vegetação que segurava a terra", afirma. Para ele, a única solução seria canalizar a água do rio, como foi feito na região central.

Já a cabeleireira Lindinalva Neres Campos, de 54 anos, acredita que o plantio de árvores nas margens poderia atenuar o problema. "As árvores que sobraram estão sendo arrancadas, porque a água desce com mais força", justifica.

Para ela, plantar novamente nos locais onde a vegetação foi arrancada poderia diminuir os efeitos da erosão.

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