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Cidades

Com dedos da mão grudados e 6 no pé, menino vive drama por cirurgia

Aliny Mary Dias | 26/04/2014 11:11
Guilherme nasceu com dedos da mão direita grudados e seis dedos no pé esquerdo (Foto: Pedro Peralta)
Guilherme nasceu com dedos da mão direita grudados e seis dedos no pé esquerdo (Foto: Pedro Peralta)

A família do pequeno Guilherme Barbosa, de 2 anos e 11 meses, vive uma rotina de expectativas e angústia há mais de 1 ano. Tudo porque o menino que nasceu com uma má formação congênita tem dois dedos da mão direita grudados e seis dedos no pé esquerdo. Para ter uma vida normal, Guilherme precisa passar por um procedimento cirúrgico, mas nem os exames pré-operatórios foram feitos ainda.

Geisa Arruda Barbosa, de 28 anos, é mãe de Guilherme e afirma que desde o nascimento do filho, foi avisada sobre a necessidade da cirurgia quando o pequeno completasse dois anos. “O médico disse que foi uma incompatibilidade sanguínea e que ele tinha nascido assim. Ele falou que não era grave e que a cirurgia teria que ser feita quando ele tivesse dois anos”.

O tempo estipulado pelo médico ocorreu em razão da necessidade de os dedos se formarem antes do menino passar pelo procedimento cirúrgico. Em agosto do ano passado, quando Guilherme estava prestes a completar dois anos, a família procurou o SUS (Sistema Único de Saúde) por meio do CEM (Centro de Especialidades Médicas).

Com a primeira avaliação médica de que os dedos da mão e o do pé do menino estavam prontos para passar pela cirurgia, uma bateria de exames pré-operatórios foram solicitados pelo médico, mas até agora, oito meses depois, nenhum procedimento foi feito.

“Nós estamos com os pedidos, temos tudo aqui, mas não conseguimos fazer os exames e a cirurgia. Precisamos que isso ande rápido, mas até agora está tudo parado”, conta Débora Costa, 32 anos, tia do garoto que acompanha o drama da família de perto.

A família conta ainda que o prazo máximo para a realização da cirurgia, segundo os médicos disseram, é de 3 a 3 anos e meio. Como Guilherme completa 3 anos no próximo mês, os parentes vivem a apreensão de o menino passar o resto da vida acompanhado da má formação.

“Se passar dos 3 anos e meio, ele não poderá mais fazer a cirurgia porque os ossos estarão colados. Agora não sabemos o que fazer, precisamos de ajuda para fazer no particular ou conseguir uma vaga”, completa.

Diante da demora do sistema público de saúde, a família tentou recorrer à saúde privada para fazer os exames e a cirurgia, mas a notícia de que tudo custaria em torno de R$ 13 mil desanimou e desesperou ainda mais os parentes. “Não temos de onde tirar”, diz Geisa.

Mãe tem papelada do SUS, mas não tem vaga para exames e cirurgia (Foto: Pedro Peralta)
Mãe tem papelada do SUS, mas não tem vaga para exames e cirurgia (Foto: Pedro Peralta)

Dificuldades – Guilherme é um menino saudável, que fica sorridente diante de uma câmera fotográfica e alegre ao assistir desenhos da dupla de palhaços Patati Patatá. Mas nos últimos meses, a criança começou a perceber a diferença que tem, principalmente na mão.

“Ele fica olhando para a nossa mão, vê nossos dedos mexendo e fica triste quando olha para a mão dele e não consegue mexer os dedinhos. É triste porque sabemos que isso pode trazer consequências e traumas para ele”, diz a tia.

Outro problema vivenciado por Guilherme é o sexto dedo no pé esquerdo, com o membro a mais, o pequeno não pode calçar tênis ou qualquer outro calçado fechado. “No frio ele precisa ficar de chinelo e sandálias. E sempre ele bate o dedinho e machuca porque ele sobra no chinelo”, completa a mãe.

Um evento criado no Facebook pode ser acessado neste link e contém informações sobre como ajudar a família de Guilherme.

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