ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  27    CAMPO GRANDE 26º

Cidades

Com medo de demissão, funcionários da JBS organizam protesto na Assembleia

Semana passada, Justiça determinou o bloqueio de R$ 730 milhões da empresa, a pedido da CPI da Assembleia

Mayara Bueno | 16/10/2017 16:52
Grupo reunido com diretor da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural). (Foto: Assessoria Deputado).
Grupo reunido com diretor da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural). (Foto: Assessoria Deputado).

Com receio de demissões em massa, principalmente após o bloqueio de R$ 730 milhões da JBS, funcionários da empresa marcaram protesto na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, na terça-feira, dia 17.

O movimento, que está marcado para as 8 horas, deve reunir 2 mil pessoas, conforme a expectativa do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Carnes e Derivados de Campo Grande, Wilson Gimenez Gregório.

Ele afirma que o número engloba não só funcionários das cinco unidades que a JBS mantém em MS, mas de todo o Brasil. Só no Estado, as sedes têm de 18 mil a 20 mil, afirma.

O receio dos trabalhadores é que a empresa não cumpra o pagamento do salário do mês que vem, por exemplo, além de eventuais demissões e outras ações em consequência do bloqueio de bens.

Ainda conforme o dirigente, os desligamentos ainda não estão acontecendo. Portanto, por enquanto, o movimento é forma de se precaver e também pelo medo. "Não sabemos se é ameaça ou realidade", disse ao citar o exemplo da redução de abate que alega ter acontecido hoje na Capital.

"Hoje foram abatidas 700 cabeças em uma unidade e em outra 1 mil, quando a capacidade diária é de 1,2 mil e 2 mil".

Tentativa - Um grupo formado pelo presidente do sindicato, cerca de 20 trabalhadores e os deputados estaduais Pedro Kemp e João Grandão, ambos do PT, foi até a governadoria na expectativa de conversar com o chefe do Executivo, Reinaldo Azambuja (PSDB).

Mas, quem os atendeu foi o diretor-presidente da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Enelvo Felini. A intenção foi demonstrar a preocupação e pedir intervenção do Estado, para que este busque um meio jurídico para que o bloqueio dos bens da JBS não afete os trabalhadores.

"Pedimos um apoio do governo para abrir uma negociação com a empresa, no sentido de garantir os empregos. Isso (o bloqueio) não pode gerar uma crise e começar a suspender salários, suspender atividades. Se ela deve ao Estado, faça uma proposta para pagar em 20, 30 anos".

Segundo Kemp, a informação recebida foi de que, como foi a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia, que investiga a empresa, que pediu o bloqueio na Justiça, caberia, então, a casa de leis intermediar e resolver a situação.

Os parlamentares não descartam a possibilidade de a casa de leis retirar ação na Justiça, como forma de garantir o pagamento e trabalho dos trabalhadores. "Se for para preservar os empresas".

Nos siga no Google Notícias