ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 30º

Cidades

Com salário acima do teto, MPE paga até R$ 56 mil mensais para promotor

Aline dos Santos | 25/01/2017 11:44
No MPE, 35 membros receberam exatamente o teto de R$ 33.763.(Foto: André Bittar)
No MPE, 35 membros receberam exatamente o teto de R$ 33.763.(Foto: André Bittar)

Dos 206 procuradores e promotores do MPE (Ministério Público do Estado), 34 receberam remuneração acima de R$ 33.763, equivalente ao salário de ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e teto do funcionalismo público. Outros 35 membros do Ministério Público, órgão fiscal da lei, tiveram remuneração total exatamente no valor do teto.

Conforme consulta ao Portal da Transparência do MPE, a maior remuneração no mês de outubro de 2016 foi de R$ 56.243,66 para um promotor de Justiça de Campo Grande. O valor resulta da soma do salários de R$ 28.947,55 e R$ 22.480 de remuneração eventual ou básica, sendo R$ 19 mil de férias e R$ 3.184 de abono de permanência.

O segundo colocado no ranking de pagamentos foi um procurador de Justiça, que teve total de rendimentos brutos (sem descontos) de R$ 54.075,04. Os créditos foram do salário de R$ 30.471,11, mais R$ 3.291,39 por função de confiança ou cargo em comissão e R$ 20.312 de férias.

No portal, a última folha disponível é a do mês de dezembro de 2016, mas a reportagem selecionou a de outubro, que não tinha o 13º salário. Ao todo, no mês de outubro, foram gastos R$ 6,7 milhões com o pagamento dos membros ativos do MPE.

Publicada em separado, a folha dos servidores ativos do Ministério Público no mês de outubro tem 801 nomes e total de R$ 5,7 milhões. A maior remuneração foi de R$ 28.838,55 para analista na Procuradoria-Geral de Justiça. O valor é composto por R$ 21.566,88 do salário, R$ 4.413 (outras verbas remuneratórias, legais ou judiciais) e R$ 2.857 (abono de permanência).

Ainda relacionado a gasto com pessoal, o Portal da Transparência aponta, no período entre janeiro e outubro de 2016, despesa de R$ 1,6 milhão de diárias, R$ 339 mil com passagens e R$ 10 milhões com auxílio alimentação. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa e até a publicação da matéria não teve retorno. 

De acordo com a Constituição Federal, “a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal”.

Nos siga no Google Notícias