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Cidades

Com temperatura de 34°C, idosos lotam postos da Capital

Redação | 17/11/2009 15:20

Os idosos estão sendo 'sacrificados' pelo calor que Campo Grande vem registrando nos últimos dias. Nesta tarde, postos de saúde da Capital estão lotados por senhores e senhoras com problemas respiratórios e de pressão baixa, agravados pelas altas temperaturas, que já chegaram aos 40 graus nos ponteiros, mas com sensação términa ainda superior.

Nos serviços de atendimento de urgência, é registrado aumento de pelo menos 10% no número de ocorrências envolvendo idosos, que precisam ser socorridos e transportados para hospitais da cidade.

"Está difícil de enfrentar esse calor, está quente demais", reclama a aposentada Eunice Pinheiro Martins, de 70 anos, que teve que ir ao posto de saúde do bairro Coronel Antonino nesta tarde, onde pelo menos 50 pessoas aguardavam atendimento.

A aposentada, que sofre de pressão alta, revela que não tem conseguido ficar sequer dentro de casa, por conta do calor, e passa tem passado os últimos dias debaixo de sombras no quintal de casa.

Ela afirma que, por conta do tempo, fica indisposta e não consegue se alimentar direito, come alimentos sólidos apenas à noite, quando o tempo refresca. "Tem hora que parece até que falta o ar para a gente", diz.

E foi exatamente a falta de ar provocada por uma asma que levou Benedita Campos, de 71 anos, ao posto de saúde nesta tarde. Ele diz que as mudanças climáticas dos últimos dias, com muito calor e seguido de chuva, tem causado crises respiratórias.

Para a filha de Benedita, a atendente Valdete Campos, de 42 anos, o tempo de calor exige cuidados especiais com os idosos. Ela diz que deixou de ir ao trabalho hoje para acompanhar a mãe no posto de saúde, e que precisa ter com ela atenção redobrada durante as mudanças no tempo. "Esse calor judia", aponta.

"Hoje eu tomei água o dia inteiro, está muito calor", conta a doméstica Iracema Ribeiro Matos, de 49 anos, que foi procurou o médico porque há dois dias não se sente bem.

Com pressão baixa, ela diz que o calor contribui para o mal-estar e reclama que nos últimos dias está muito quente. "Só tomei água o dia todo, porque não dá vontade de comer comida com esse calor", afirma Iracema.

Efeitos - O aumento na procura pelo atendimento provocou lotação nos postos de saúde, o que prejudicou até o atendimento de quem não tem problemas de saúde agravados pelo calor.

Foi o caso do marceneiro Alexandre Torres, de 31 anos, que levou a esposa Gislaine Castro, que estava com uma crise na vesícula, para ser atendida no posto do bairro Coronel Antonino. Ao chegar ao local, ele desistiu de esperar por conta da grande quantidade de pessoas.

"Estava lotado, quanto tempo ia levar para ela ser atendida", reclama. Como solução, o casal foi ao posto do bairro Nova Bahia, mas como no local a informação foi a de que não havia médico, eles tiveram que retornar e esperar pelo atendimento no Coronel Antonino.

Calor - Em Campo Grande, os termômetros registram 34°C nesta terça-feira. A temperatura foi a mesma ontem, e chegou a 37° no último domingo (15), segundo o metereologista Natálio Abrão.

O efeito do calor do domingo foi sentido pelos serviços de atendimento, como o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que passaram a noite em atendimento a idosos que precisaram ser transportados.

Em Mato Grosso do Sul, a temperatura mais alta registrada nesta tarde é em Iguatemi, município que fica a 490 quilômetros da Capital. Na última semana, o Estado ocupou o ranking das mais altas temperaturas registradas no País.

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