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Cidades

Comerciantes da rodoviária querem volta de coletivos

Redação | 23/06/2009 09:45

Preocupadas com a destinação que será dada ao prédio da estação rodoviária de Campo Grande, aproximadamente 100 pessoas estiveram reunidas, na noite desta segunda-feira, com o objetivo de elaborar propostas para solucionar problemas enfrentados pelos comerciantes do centro comercial e ruas vizinhas.

Hoje, só 27% dos pontos estão com portas abertas. Muitas das salas não pagam condomínio ou IPTU há 15 anos.

Quem ainda trabalha no local pede que a rodoviária integre o projeto de revitalização da região central de Campo Grande, já em processo de elaboração.

Documento com as reivindicações do grupo deverá ser entregue hoje à prefeitura. Os comerciantes desejam, por exemplo, que os ônibus do transporte coletivo urbano voltem a usar o terminal.

Onde havia a integração urbana antes, hoje é aberta uma rua, a idéia é que o espaço onde atualmente é feito o embarque para viagens vire o novo ponto de transbordo.

Mesmo com a entrega da rodoviária da saída para São Paulo, eles pedem que o atual prédio seja usado para embarque e desembarque também de passageiros de Vans intermunicipais.

Como ao redor da estação existem hotéis, bares e restaurantes, os empresários pedem que seja feita a integração entre as duas rodoviárias.

Para fomentar o comércio no centro atual, outra proposta aprovada pelos comerciantes prevê que as lojas sejam usadas para a exposição de produtos das indústrias locais e que o Cine Plaza seja transformado em sala de convenções.

O assessor técnico da Fecomércio (Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul), Alberto Vitório da Costa, participou do encontro levou aos comerciantes os projetos em análise pela entidade. Todos foram aceitos por unanimidade.

Futuro - "Não queremos esmolas, queremos trabalho", diz a comerciante Selma Regina Rocha. Há dois anos ela deixou o emprego de vendedora e investiu todas as economias, inclusive um carro, para montar uma loja de roupas na rodoviária.

"Vejo meu futuro como de uma desempregada", desabafa Selma. Do comércio ela tira o sustento dos dois filhos, de 15 e 16 anos.

Ela cobra do poder público medidas para devolver ao local o grande fluxo de pessoas e, por este motivo, aprova a proposta apresentada aos comerciantes.

Luiz Barros da Silva trabalha há 15 anos com a venda de doces na atual estação. "Nós pedidos ajuda para os comerciantes. Da Calógeras para cá o comércio morreu e esse pessoal, morreu também", reclama.

Já a proprietária do hotel Iguaçu, Nélia Menezes Tortoreli, sugere que fossem feitas parcerias com a iniciativa privada na intenção de reformar as lojas e lanchonetes que sobrevivem.

Ela acredita ainda que, caso a prefeitura desapropriasse lojas cujos donos não pagam IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), o local poderia até se transformar em um shopping.

Segundo Nélia, o hotel tem o mesmo tempo de existência da estação rodoviária e, desde então, várias obras foram feitas para atrair ao público. "Passamos por várias reformas e se não tivesse feito não estaria em funcionamento", completa a empresária.

O vereador Alcides Bernal (PP) participou da reunião e marcou nova rodada de discussões para a próxima segunda-feira (29/06), quando a diretora presidente do Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), Marta Lúcia da Silva Martinez, irá mostrar quais os planos da administração municipal para o centro comercial. Ele afirma que já pediu à Câmara Municipal de Campo Grande uma audiência pública para discutir o tema.

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