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Cidades

Condomínio fica pronto, mas chaves não chegam a famílias

Redação | 15/09/2010 10:21

O condomínio Sargento Hércules, no bairro Coophasul, ficou pronto em meados de junho deste ano, mas os 203 apartamentos ainda não foram entregues as famílias cadastradas, o que gera revolta em quem está na fila, ansioso pela casa própria.

O conjunto, financiado pelo projeto PAR (Programa de Arrendamento Residencial), da Caixa Econômica Federal é administrado pela Agehab (Agência de Habitação Popular do Estado) , com recursos do Ministério das Cidades.

As inscrições foram feitas na Agehab, que diz ter repassado os dados dos sorteados para a CEF fazer o cadastro. Uma dessas pessoas que fez a inscrição reclama da falta de informações nos dois órgãos, já que o condomínio está pronto desde junho e ainda não há previsão de entrega.

"A Agehab informa que a funcionária do setor, responsável por dar a informação, está viajando a trabalho e nenhum outro funcionário pode dar tal informação. Na Caixa, o setor responsável também não informa nada. Mandam ligar para a Agehab. Isso é um absurdo", diz integrante da relação de futuros moradores, que terá o nome preservado.

A Agehab informa que apenas realiza as inscrições para o PAR, que é destinado à famílias com renda entre 4 e 6 salários mínimos, e repassa os nomes para a Caixa. Depois, a CEF faz a triagem dos nomes e apura quem está apto a receber o financiamento, que pode ser pago em 15 anos.

Na Caixa Econômica a informação é de que não há previsão de entrega do condomínio, porque ainda analisa os dados de cada inscrito, se há restrições bancárias e renda suficiente. Mas diz que não escolhe ou define os nomes, que vem todos da Agehab.

No condomínio, vários destes inscritos aparecem para saber quando haverá a "inauguração". Os vizinhos comentam que ninguém nunca responde as dúvidas dos futuros moradores. "Eles vêm, olham, perguntam, mas ninguém nunca sabe de nada", comenta Laura Teixeira, que mora próximo ao conjunto.

"Terminou há muito tempo, não dá para saber o que acontece que estão enrolando", ressalta Abdo Romero Abraão, que também sempre escuta as queixas de quem procura informações.

Adelaide Mendes, que é proprietária de uma farmácia a duas quadras do condomínio, aguarda as 203 famílias com ansiedade. "Vai ser muito bom para os negócios. E olha que tem tempo que terminou a construção. Mas nada ainda".

Inscrita na Agehab, a aposentada Geni Rodrigues Nogueira não está preocupada com a demora na entrega. Ela mora há poucas quadras do condomínio Hercules Maymone e sabe que terá sua vaga garantida. "Eles tem de terminar umas coisas ai, a grama, por exemplo. Eu não tenho pressa". Ela não quis responder se a casa em que mora é própria ou alugada.

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