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Cidades

Congresso vai recolocar PEC-300 na pauta, diz presidente da ACS

Vinícius Squinelo | 22/08/2013 23:30

Dois dias após protestarem e ocuparem o plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), policiais militares e bombeiros começam a retornar para seus estados. Na Capital Federal, permanecem apenas os representantes da categoria, que formaram comissões para discutir com o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), uma data para votação da PEC-300, proposta que estabelece um piso salarial nacional para os servidores da segurança pública.

Segundo Edmar Soares da Silva, presidente da ACS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), que encabeçou a ocupação do plenário, os militares “não suportavam mais serem enrolados”. “Foi necessário colocar um ponto final nisso e nos vimos obrigados a ocupar o plenário como forma de demonstrar a nossa revolta, e assim deixarmos um marco como sinal de protesto. Os policiais estão dispostos a tomar uma medida mais drástica se for necessário, mas estamos abertos ao diálogo”, afirmou.

Cerca de dois mil policiais de todo o Brasil marcharam rumo à Brasília, nos dias 20 e 21 de agosto, para pressionar a Câmara dos Deputados a colocar novamente em pauta a PEC, aprovada em primeiro turno há três anos e emperrada desde então. Por iniciativa da ACS, Mato Grosso do Sul foi representado por cerca de 100 servidores, entre policiais militares, bombeiros e policiais civis. Cerca de 800 ocuparam o Salão Verde da Câmara, e 100 entraram no plenário.

Ainda conforme Edmar, o presidente da Câmara se reunirá às quartas-feiras, sempre às 17h, com os representantes dos servidores. O objetivo é fechar uma data para a votação em segundo turno da proposta até o dia 16 de setembro. O grupo de trabalho é formado pelo próprio Henrique Alves, por dois deputados, cinco policiais militares -incluindo Edmar- e um policial civil. “Esperamos assim chegar a um consenso o mais breve possível”, declarou o representante dos militares sul-mato-grossenses, que ainda elogiou a participação dos companheiros no ato.

“Temos que enaltecer a postura dos policiais militares de Mato Grosso do Sul que nos acompanharam em Brasília. Tiveram um comportamento exemplar e em nenhum momento pensaram em desistir da luta. Se conseguirmos chegar a um acordo, todos nós, policiais e bombeiros de MS, seremos devedores destes que me acompanharam, pois com certeza eles fizeram a diferença”, finalizou.

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