ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  17    CAMPO GRANDE 21º

Cidades

Criminoso acusa delegado de MS de participar de esquema de caça-níqueis

Paulo Fernandes | 01/12/2014 08:46
Marcelo Vargas é presidente da Adepol-MS (Associação dos Delegados de Mato Grosso do Sul)
Marcelo Vargas é presidente da Adepol-MS (Associação dos Delegados de Mato Grosso do Sul)

Dono de centenas de máquinas caça-níqueis, Clayton Batista afirmou, em conversa gravada pela polícia com uma câmera escondida, que o presidente da Adepol-MS (Associação dos Delegados de Mato Grosso do Sul), Marcelo Vargas, participaria do esquema criminoso. A informação foi divulgada na noite de ontem (30), pelo Fantástico, da Rede Globo.

De acordo com a declaração de Batista, Marcelo Vargas seria o responsável por “segurar as broncas” do grupo criminoso em Mato Grosso do Sul.

Clayton Batista disse ainda que teria 90 caça-níqueis somente no Estado. Ele foi preso após tentar comprar a polícia para montar uma rede de caça-níqueis no interior de São Paulo.

O delegado Nelson Barbosa Filho, de Araçatuba (SP), fingiu que estava dentro do esquema, para gravar tudo por meio de câmeras e efetuar a prisão. Batista pode ser condenado a 12 anos de prisão.

“Ele tinha a certeza que a autoridade policial fazia parte da quadrilha dele. Ele passou a confiar na autoridade policial e, a partir daí, ele começou a passar informações. Foram identificados vários locais onde ele mantinha as suas máquinas, inclusive foi possível identificar quem eram os fornecedores desses equipamentos”, explicou ao Fantástico o promotor de Justiça Marcelo Sorrentino Neira.

Foram quatro meses de investigação, nove encontros, seis pagamentos de propina: tudo registrado por três câmeras instaladas em um dos setores de inteligência da Polícia Civil de São Paulo.

O esquema, segundo o criminoso, começou há 15 anos, e todas as máquinas eram compradas na capital paulista, por R$ 4 mil, cada.

Ainda de acordo com a reportagem, Clayton queria pagar propina para a polícia também para atrapalhar os negócios de concorrentes. Um deles, diz a matéria, seria o vice-presidente da Câmara de Vereadores de Araçatuba, Cido Saraiva.

Outro lado – Marcelo Vargas disse que não conhece Clayton, nunca falou com ele, não recebeu dinheiro do acusado e que pediu para a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) para investigar o caso. (matéria atualizada às 11h18)

Nos siga no Google Notícias