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Cidades

Doença que matou prefeito e advogado é silenciosa e exige cuidados

Recomenda-se procurar assistência médica em caso de dor no tórax

Kleber Clajus | 01/11/2017 20:13
Cirurgião cardiovascular, João Jazbiq, explicou que patologia deve ser tratada como emergência (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Cirurgião cardiovascular, João Jazbiq, explicou que patologia deve ser tratada como emergência (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Em nove meses, duas personalidades públicas de Mato Grosso do Sul acabaram falecendo por aneurisma dissecante da aorta abdominal. A enfermidade consiste na dilatação da maior artéria do corpo e sua ruptura pode ocasionar hemorragia interna. Médicos indicam fatores de risco e como se prevenir.

Foram vítimas recentes o advogado criminalista Ricardo Trad e o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha (PSDB). O cirurgião cardiovascular, João Jazbiq, explicou que essa patologia deve ser tratada como emergência. “Qualquer alerta de dor no tórax deve-se buscar assistência para fazer um diagnóstico”, recomendou Jazbiq.

No caso de Ruiter, o cirurgião explicou que o prefeito passou mal em academia de Corumbá e teve a transferência aérea postergada em uma hora para Campo Grande.

Equipe cirúrgica ainda precisou aguardar fim do efeito de medicamentos de uso contínuo e diante do agravamento do quadro foram realizados a reconstrução da aorta toráxica até a carótida e ponte de safena para recuperação do ventrículo esquerdo do coração, que parou de bater seis horas depois no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do Proncor.

Silenciosos – Aneurismas da aorta são dilatações da parede de vaso sanguíneo e, normalmente, não apresentam nenhum sintoma. Quando grandes causam pulsação no abdomen, dor no tórax e costas.

Nem todos os casos são tratados cirurgicamente, sendo considerados no tratamento o tamanho, localização, taxa de crescimento e saúde do paciente. Ruptura é o pior dos quadros clínicos, apresentando como sintomas dor abdominal intensa, com irradiação para as costas, tontura, palidez, sudorese e desmaio.

O presidente da SBC/MS (Sociedade de Cardiologia de Mato Grosso do Sul), Delcio Gonçalves, pontuou que os fatores de risco vasculares são os clássicos pressão alta, colesterol, diabetes e fumo, havendo ainda interferência de doenças genéticas como do colágeno e reumatismo.

“Via de regra qualquer adulto deve conhecer o valor da sua pressão arterial, colesterol, glicose e ter hábitos de vida saudável, além de procurar um cardiologista para determinar a periodicidade [do check up]”, ressaltou Delcio. “Doença cardiovascular não é só infarto”.

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