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Cidades

Embrapa discute produção de biocombustível com aguapés

Redação | 17/03/2010 10:10

A Embrapa Pantanal promove reunião interna amanhã e sexta-feira para discutir projeto de pesquisa que avalia a possibilidade de produção de biocombustíveis a partir de aguapés que descem o rio Paraguai.

Denominado "Produção de biocombustíveis a partir de ilhas flutuantes de biomassa em planícies de inundação do Brasil: estudo de caso no Pantanal", o projeto será apresentado hoje à tarde à prefeitura de Corumbá.

O pesquisador Ivan Bergier, da Embrapa Pantanal, vem monitorando o fluxo dos aguapés (também conhecidos como camalotes) no rio Paraguai desde janeiro de 2008.

Uma câmera de vídeo foi instalada às margens do rio em meados de 2009 para monitorar a passagem das plantas aquáticas, permitindo mensurar a quantidade de biomassa exportada ao longo do tempo e verificar a sazonalidade da exportação.

"Com esses dados, vamos definir a estratégia de captura das plantas. Já se sabe que o auge da exportação coincide com o período de cheia que vai de maio a julho", detalhou o pesquisador.

Parceria com a Unicamp vai permitir o desenvolvimento de uma dissertação de mestrado que aborda a sustentabilidade da produção de biocombustível a partir do camalote do Pantanal.

"O uso do recurso natural deve dinamizar a economia local, mas sem comprometer a estrutura e o funcionamento do ecossistema", afirmou o pesquisador.

A dissertação deverá abordar ainda o uso do aguapé no projeto "Sustentabilidade da Suinocultura em São Gabriel do Oeste", liderado pelo pesquisador Ivan Bergier.

"A proposta é utilizar o aguapé como elemento filtrante do biofertilizante líquido produzido pelos biodigestores, de modo a reduzir o potencial de contaminação do solo, água e emissão de gases de efeito estufa", explica.

A biomassa do aguapé "cultivada" nas lagoas pode ter destinos nobres como a produção de fertilizantes, fibras e bioenergia, incrementando a renda de pequenos e grandes produtores de suínos.

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