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Cidades

Empresário acusado de matar a esposa chega em presídio

Redação | 03/08/2010 10:24

O empresário Luiz Afonso dos Santos de Andrade, 42 anos, acaba de chegar ao Presídio de Trânsito, em Campo Grande. Ele foi escoltado por policiais da 4ª DP (Delegacia de Polícia), onde estava preso desde a manhã de 02 de julho, quando a mulher dele, a arquiteta Eliane Aparecida Nogueira, 39 anos, foi encontrada morta e queimada dentro do carro dela, um veículo Pólo, abandonado na Rua Manoel de Nóbrega, Bairro Vilas Boas, em Campo Grande.

O empresário chegou de cabeça baixa, na parte de trás de uma viatura Blazer, ocupada por três policiais. Os agentes da Polícia entregaram documentos do preso e rapidamente entraram na unidade prisional.

Na entrada, Luiz Afonso já cortou os cabelos e agora deve ficar durante 10 dias em um cela "correcional", com outros 18 presos. O período vale para observar o comportamento do preso. Depois, ele deve dividir outra cela, desta vez com 12 detentos.

O empresário tem nível superior, mas como não há cela especial no presídio, ficará com os outros. O único espaço desse tipo existe no Centro de Triagem, ocupado por ex-policial, que não pode ficar com os demais presos por ter integrado a Polícia.

Transferido - No fim da tarde de ontem, o juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri, acatou o pedido da Polícia Civil e decretou a prisão preventiva do único suspeito do crime. Luiz Afonso estava preso com base em prisão temporária expedido no mesmo dia da morte.

Ao conceder o pedido da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual, o magistrado afirmou que a permanência de Luiz Afonso preso é "fundamental importância" para o andamento do processo.

Ele ressaltou que o acusado não tem "raízes" em Campo Grande, lembrou que antes do crime morava na empresa de sua propriedade, hoje fechada. As dívidas contraídas por Luiz Afonso também são lembradas pelo juiz, assim como a afirmação feita por ele de que não tem família em Campo Grande.

Apenas informalmente o empresário confessa o crime. Já nos depoimentos feitos ao delegado responsável pelas investigações, Wellington de Oliveira, nega ter matado a esposa.

Em uma conversa com o delegado, ele admite ter agredido a esposa e ateado fogo no carro. No entanto, ele acreditava que ela estivesse morta quando houve o incêndio.

Laudo pericial aponta que a arquiteta foi queimada viva. A Polícia Civil recebeu na sexta-feira mais um laudo que incrimina o empresário.

Os pedaços de camisa encontrados no veículo são, segundo o laudo pericial, compatíveis com o material da peça usada por Luiz Afonso na véspera da morte.

Outra prova considerada importante para a Polícia foram as gravações do circuito de segurança da conveniência Sadan Festas, localizada na Avenida Três Barras, que é distante um quilômetro e quatrocentos metros local onde a arquiteta foi encontrada morta.

As imagens mostram o momento em que o empresário para o carro de Eliane na avenida, compra fósforo no estabelecimento, e segue em direção ao Bairro Vilas Boas.

Vinte minutos depois ele retorna a pé e, novamente, é flagrado pelas câmeras.

As investigações policiais apontam o empresário como único suspeito do crime. Ele foi último a ser visto com a arquiteta.

21h30

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