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Cidades

Enquanto país discute base curricular, em MS escolas já vivem mudanças

No Estado, 16 escolas de autoria trabalham o Ensino Médio em tempo integral; do total, 11 estão em Campo Grande

Danielle Valentim | 02/08/2018 11:02
Diretor Edvaldo Lourenço pontua que a mudança é necessária e que a mobilização nacional é importante para que os educadores discutam juntos.  (Foto: Danielle Valentim)
Diretor Edvaldo Lourenço pontua que a mudança é necessária e que a mobilização nacional é importante para que os educadores discutam juntos. (Foto: Danielle Valentim)
Reunião na escola na manhã desta quinta-feira. (Foto: Danielle Valentim)
Reunião na escola na manhã desta quinta-feira. (Foto: Danielle Valentim)

A discussão que envolve a implantação oficial da BNCC (Base Nacional Comum Curricular) no Ensino Médio começou em 2014, foi homologada em 2017 e nesta quinta-feira, 2 de agosto, ganha um “Dia D" para a discussão nacional. Em Mato Grosso do Sul, a ação pontua os impactos da novidade, mas também traz a tona o fato de que muitas escolas já vivem mudanças desde a transformação de unidades em escolas de autoria.

Equipe do Campo Grande News acompanhou a discussão na Escola Estadual José Barbosa Rodrigues, no Universitário. Na unidade se reuniram os diretores, equipes pedagógicas e professores. As preocupações levantadas vão: desde a perda de autoridade dos professores em sala de aula ao “medo” da falta de recursos para unidades mais afastadas, por exemplo, no interior do Estado.

O diretor Edvaldo Lourenço pontua que a mudança é necessária, mas que ninguém está preparado para mudar. Para o professor, é necessário a discussão e avaliação dos professores sobre como está planejado para funcionar. Para o educador a preocupação abrange toda a rede de ensino.

“Se vai funcionar nós não sabemos, mas precisamos tentar. A mudança começou há um tempo, mas ainda tem muita coisa a ser discutida e quando se fala em rede de ensino, não dá para pensar somente na nossa escola, mas em todo o Estado. Será que aquela cidadezinha lá no interior vai receber o recurso necessário para garantir o curso de qualificação para aquele aluno? Neste momento a preocupação é geral”, pontuou.

Lourenço pontua que a escola trabalha com 960 alunos e mudou para o ensino integral, em 2016. A unidade manteve o período noturno e conseguiu elevar a taxa de aprovação do turno da noite de 58% em 2016, para 75,6% em 2017. Para o diretor, esta é uma prova de que a escola já vivem mudanças positivas. 

A rede estadual de ensino conta com 365 unidades educacionais, 79 só em Campo Grande. Deste total, 16 são escolas de autoria e 11 estão na Capital.

Sobre a preocupação com os municípios, a assessoria de imprensa da SED (Secretaria Estadual de Educação) garante que MS é considerado o mais avançado na integração com os municípios, com 100% de aceitação no trabalho junto à BNCC. O governo acredita que, uma vez concluído o processo de avaliação e sugestões sobre a base, todos os municípios do interior vão receber com naturalidade as determinações.

Cada estado tem até 2020 para concluir o processo, mas a solicitação do Ministério da Educação é de até dezembro de 2018 esteja alinhado um currículo base para o a formação de professores.

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