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Cidades

Falta de carteiros ameaça entrega de correspondências

Redação | 28/07/2010 13:52

Enquanto os Correios apostam nas eleições para aumentar a demanda de trabalho, os carteiros são obrigados a trabalhar aos fins de semana na tentativa de que as correspondências não atrasem em Mato Grosso do Sul.

"A gente tenta entregar no prazo certo porque a população não tem culpa e confia no serviço", conta um funcionário de 50 anos, que há 12 anos trabalha como carteiro em Campo Grande. No Estado, são cerca de 800 carteiros, mas o ideal, segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul, era a contratação de 120 servidores.

O carteiro relata que o serviço era para ser de segunda a sexta-feira, sendo quatro horas de trabalho interno, com a seleção das correspondências, e quatro horas entregando as cartas. Porém, depois das 8h diárias, a maioria volta sem ter conseguido entregar todas as correspondências.

Desta forma, os carteiros são convocados a trabalhar mais quatro horas no sábado, caso o serviço não termine, o expediente é ampliado em mais duas horas. O carteiro explica que a empresa paga hora-extra. "Mas é difícil não ter descanso. As pessoas começam a se afastar por problemas musculares, stress, depressão".

Secretário-geral do sindicato, Alexandre Takachi de Sá, aponta que também houve amento no absenteísmo (ausência temporária do trabalho por motivo de doença) e acidentes de trânsito envolvendo os carteiros, que distribuem as cartas a pé, de bicicleta ou moto.

Segundo ele, o trabalho dos carteiros aos sábados e até aos domingos acontece em todo o Estado. "Em Ponta Porã está muito complicado. E as pessoas já sentem o reflexo na demora das correspondências", salienta.

Com as inscrições encerradas em fevereiro, o concurso dos Correios teve a data da prova agendada só no último dia 26. A prova será aplicada no dia 19 de setembro. O concurso prevê 60 vagas para carteiros no Estado. "O Correios vai alegar que é serviço essencial, mas acho que as contratações só vão sair no ano que vem, devido ao período eleitoral", afirma Alexandre.

Sem problemas

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