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Cidades

Falta de médicos atinge pelo menos 34 cidades de Mato Grosso do Sul

Bruno Chaves | 17/07/2013 16:58
Corredores de unidades básicas de saúdes costumam ficarem lotados (Foto: Arquivo Campo Grande News)
Corredores de unidades básicas de saúdes costumam ficarem lotados (Foto: Arquivo Campo Grande News)

Pelo menos 34 cidades de Mato Grosso do Sul sofrem com a falta de médicos, segundo a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul). Dessas, nove estão na lista do Programa Mais Médicos, do Governo Federal, para receberem os profissionais da saúde porque são classificadas como locais com maior vulnerabilidade social. São elas: Campo Grande, Corumbá, Japorã, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho, Sete Quedas e Tacuru.

Além das cidades citadas, de acordo com o presidente da Assomasul, Douglas Figueiredo, outros 25 municípios devem aderir ao programa para adquirirem mais médicos. Eles têm o próximo dia 25 para solicitaram a inclusão ao Governo Federal.

“Estamos entrando em contato com os prefeitos. Eles estão com medo de aderir, por causa de despesas que possam surgir. Mas nós entendemos que é importante se cadastrar”, opinou o presidente.

Entretanto, para Douglas, só a contratação de médicos não resolve o problema da saúde pública no Estado e no Brasil, já que esse não é o único percalço da área. O custeio dos serviços relacionados à saúde é mais difícil do que manter o salário do próprio profissional.

Para exemplificar a situação, Douglas levantou a questão do PSF (Programa Saúde da Família). “Os municípios recebem do Governo Federal R$ 12 mil reais para cada unidade do PSF. Mas o custo estratégico do programa vai a R$ 50 mil, já que temos aí o médico, o dentista, o enfermeiro, os auxiliares, entre outros. Então, esse déficit de R$ 38 mil quem paga é o município. O problema não é só os médicos, tem também o custeio”, analisa.

Mais Médicos – O Programa Mais Médicos do Governo Federal foi lançado no dia 8 deste mês e tem como objetivo atender cidades consideradas com maior vulnerabilidade social. Em Mato Grosso do Sul, nove cidades entraram nessa lista. No entanto, outros municípios podem se cadastrarem no programa até o próximo dia 25.

No Estado, de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, serão investidos R$ 39 milhões na construção, reforma e ampliação de unidades básicas de saúde. Os profissionais interessados em fazer parte do programa podem se cadastrar no site do Ministério da Saúde.

Os médicos que aceitarem virem para o Centro-Oeste receberão um salário mensal de R$ 10 mil, pago pelo Governo Federal, além do auxílio para descolamento, no mesmo valor. O município que adotará o médico deve garantir moradia e alimentação ao profissional.

Segundo o Datasus (Departamento de Informática do SUS), o Brasil tem média de um médico para cada 658 habitantes. O Centro-Oeste conta com 21.826 médicos, sendo que a média é de 1,6 médicos por mil habitantes.

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