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Cidades

Família corre contra tempo para interromper gravidez

Redação | 20/01/2009 10:49

Uma família em Campo Grande luta desde novembro pela solução de um drama que frustrou um sonho. A planejada gravidez da jovem de 20 anos, (que terá o nome preservado) sofreu reviravolta depois da descoberta de uma rara doença, que compromete uma a cada dez gestações.

Depois da decisão difícil de interromper a gravidez, aos 4 meses, agora a briga é para conseguir esse direito na Justiça.

O primeiro ultra-som feito nos primeiros meses de gestação já anunciava que seria tudo muito complicado. "De início pensamos que o bebê seria uma criança especial", conta a mãe da gestante.

"No segundo exame fomos informados da gravidade da situação". Trata-se de uma doença chamada Acrania. Ausência da caixa óssea que protege o cérebro, provocada por uma insuficiência de ácido fólico no organismo da gestante.

Descoberto o diagnóstico e na corrida contra o tempo, médicos e a família recorreram aos tratamentos específicos incluindo reposição de vitaminas e uma dieta nutricional rigorosa.

Apesar de todas as tentativas, a cada exame, as chances de salvar o feto foram se afastando. "Pelo último ultra-som que fizemos não tem mais condições de levar essa gestação à diante", conta a mãe da jovem, que teme pela vida da filha.

Através da Comissão dos Diretos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a família entrou com ação na Justiça pedindo autorização para interrupção da gravidez. "Estamos recorrendo a algo que sempre fomos contra, mas agora está em jogo a vida da minha filha", fala sobre a possibilidade de aborto.

Pedido: Para sustentar o pedido, a ação apresenta a avaliação de uma junta formada por três médicos. Segundo a ginecologista Maria Auxiliadora Budib, uma das médicas que acompanham o caso, o risco para a mãe é cada vez maior. "Ela pode desenvolver entre outras doenças a diabetes e hipertensão", explica.

Abalado, o jovem casal tenta encontrar respostas para o inexplicável. "Minha filha está em avançado estado de depressão e o marido tenta ao máximo dar apoio a ela, mas também não está nada bem".

Enquanto a justiça não se pronuncia, a mãe da gestante busca ajuda para a filha. "Vamos recorrer a um psicólogo para que ela encontre forças para passar por essa situação. Os dois estão muito abalados e tudo isso desestruturou toda a nossa família".

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