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Cidades

Familiares voltam a levar alimentos no presídio e não temem rebeliões

Leonardo Rocha e Mariana Lopes | 23/02/2014 10:29
Familiares voltam a levar alimentos no Presídio de Segurança Máxima (Foto: Marcos Ermínio)
Familiares voltam a levar alimentos no Presídio de Segurança Máxima (Foto: Marcos Ermínio)

Parentes dos internos do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande voltaram a levar alimentos aos detentos durante a visita neste domingo (23). Eles foram “liberados” após o fim da greve dos presos, que terminou na última terça-feira (18). O clima estava “tranquilo” no local e os familiares relatam que não temem revoltas ou rebeliões no presídio.

“Com toda esta polêmica durante a semana fica um pouco de receio, mas não tenho medo de rebelião, além do que estas greves não são comentadas durante a visita, tudo é muito tranquilo”, afirmou a doméstica de 38 anos, que foi visitar o irmão e não quis se identificar.

De acordo com ela, uma das reclamações dos detentos é em relação às “celas”, que segundo os presos, estão muito lotadas. “Tem também a questão de remédios que só podemos levar na terça-feira, não no domingo e muitas vezes ficam inviáveis”.

Já a babá de 34 anos, que foi visitar o marido e também não quis se identificar, ressaltou que não acredita em alguma “revolta” ou manifestação dos presos em função da greve ou testes de bloqueadores de celular e ainda ponderou que a “parada no trabalho” foi apenas para melhorar as condições do local.

“No máximo vão fazer uma nova greve de trabalho, para que tenham condições melhores no presídio, não acredito em algo mais radical”. Elas resolveram arriscar e levaram comidas e alimentos aos familiares, o que foi permito pelos agentes do Presídio de Segurança Máxima.

Revistas - O responsável pelo comando dos presídios da Capital, o subtenente Duarte da Polícia Militar, destacou que diferente do que foi comentado durante a semana, é feita a revista em todos os visitantes nos presídios do Estado.

Ele ainda ressaltou que só foi proibida a entrada de alimentos aos presos, na semana passada, porque havia um “acúmulo de lixo” em função da greve dos detentos, situação que já foi resolvida.

O subtenente também ponderou que os presos que necessitam possuem o atendimento médico devido, inclusive existem sete (detentos) internados em hospitais da Capital que estão sendo escoltados por 14 policiais. “São dois (policiais) para cada preso, com toda assistência necessária”.

Os presos estavam em greve desde o dia 10 de fevereiro em protesto a favor de melhorias para alimentação, assistência de saúde, assessoria jurídica e superlotação das celas.

Esta paralisação gerou complicações com o aumento de lixo no local, o que resultou na proibição da entrada com alimentos para que não acumulasse mais sujeira no presídio.

Celulares – Duarte afirmou que os bloqueadores de celulares estão em fase de teste e já foram instalados no local, porém ainda não tem data prevista para serem acionados e terem sua função realizada de forma integral.

O secretário estadual de Justiça, Wantuir Jacini, declarou nesta semana que estes “bloqueadores” possuem tecnologia de ponta e que ainda são novidades no Brasil, já sendo utilizados em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Ele também não soube precisar o tamanho do investimento destes aparelhos que estão em fase de testes. O secretário ponderou que esta iniciativa é uma resposta à população para que presos não possam organizar e cometer crimes de dentro dos presídios.

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