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Cidades

Farmacêutico vai a juri por morte com anabolizantes

Redação | 17/08/2010 16:39

O farmacêutico Delcy Lima de Oliveira, de 39 anos, vai a júri popular pela morte de Dario Dibo Nasser Lani, de 23 anos. A sentença é do juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos.

No dia 13 de abril do ano passado jovem morreu por uso de Clembuterol, medicamento de uso veterinário e de venda restrita, usado como anabolizante. Na ocasião, o rapaz estava sozinho em casa quando começou a passar mal.

Ele foi levado de ambulância e morreu a caminho do Hospital Proncor, vítima de infarto. Depois da morte, familiares encontraram no quarto do jovem ampolas de esteróides e frascos de comprimido de Clembuterol.

De acordo com o advogado José Trad, que atua na acusação junto com o MPE (Ministério Público Estadual), o homicídio foi considerado doloso porque há o dolo eventual. Ou seja, não houve intenção de matar, mas a pessoa assume o risco pela situação. Ele explica que a defesa do farmacêutico ainda pode recorrer da decisão no Tribunal de Justiça.

Conforme a denúncia do promotor Renzo Siufi, o clembuterol foi preparado com dosagem mil vezes superior à recomendada ao consumo humano, sendo ministrado no Brasil apenas para fins veterinários. Para o MPE, o farmacêutico possuia pleno conhecimento do exercício da profissão e sabia dos efeitos colaterais.

A defesa de Delcy de Oliveira alegou que não há provas de que o estudante tenha tomado o medicamento e nem que foi o medicamento que casou a morte. Tratando-se de um caso de morte natural. O advogado Marcelo Benck, que atua na defesa, alegou que o jovem já apresentava saúde debilitada e o corpo não foi exumado.

Durante o inquérito policial, o farmacêutico admitiu a venda, mas afirmou que acreditava que o medicamento seria para animais. Na sentença, o magistrado aponta que se o medicamento fosse para cavalos, a forma de manipulaçao não seria cápsulas, mas gel ou pó.

O juiz também cita o depoimento de um amigo que socorreu o estudante. A testemunha firma que Dario contou ter ingerido o medicamento antes de passar mal.

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