Habeas Corpus põe em liberdade PMs condenados em Jardim
Os três condenados pelo assassinato de Altair Cavalheiro Flores Netos, o Neto Ferro, foram soltos graças a uma decisão liminar. O crime aconteceu em 2003 em Jardim (281 km de Campo Grande).
Entre os condenados estão o tenente-coronel Gibson de Jesus Maroni Cabral e o cabo Celso Rodrigues Romeiro, que estavam presos no Presídio Militar de Campo Grande. O outro é Bruno de Matos Maroni, filho do tenente-coronel Gibson.
Os argumentos usados pela defesa no pedido de Habeas Corpus estão o de que os policiais não foram condenados em última instância e de que eles não trariam risco aos jurados porque não sabem quem votou pela condenação. Os votos são secretos e os policiais foram condenados por 4 votos a 3.
Além disso, conforme o advogado Ricardo Trad, foi argumentado que o risco de fuga seria "mera suposição" e de que não haveria nenhuma prova a ser comprometida após quase 9 anos do crime.
Na denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), o oficial Maroni é apontado como mandante do crime. O tenente-coronel foi condenado a 19 anos de prisão; Romeiro a 14; e Bruno de Matos Maroni a 16.
Neto Ferro foi executado no interior do carro dele com cerca de 20 tiros de pistolas calibre 9 mm, 7.65 mm e revólver 38.
Na noite do crime, Neto teve um desentendimento com o filho do tenente-coronel, por ciúme da esposa.