Homem leva cruz para protestar contra critério na distribuição de casa

O marceneiro Élzio Moreira da Silva, de 49 anos, aproveitou a visita da presidente Dilma Rousseff à Capital para protestar contra as regras na distribuição de moradias populares da Emha (Agência Municipal de Habitação) e da Agehab (Agência Estadual de Habitação Popular).
A intenção era chamar a atenção da presidente, mas quando chegou à Base Aérea ela já havia embarcado para Brasília. Mesmo assim, Élzio não desistiu do protesto e percorreu a avenida Afonso Pena até a Cidade do Natal com a cruz nas costas, que pesa cerca de 30 quilos.
Segundo Élzio, ele e outras pessoas entraram com uma ação no MPE (Ministério Público Estadual) pedindo providências em relação à distribuição de moradia popular. “É inadmissível a demora na entrega de uma casa popular”, disse. Ele ainda afirma que é errado deputados e vereadores influenciarem nesse processo.
O marceneiro pede que seja implantando fila única para a espera da moradia. “Nós não concordamos com o sorteio das casas populares, é injusto”, afirma.
A cruz, segundo Élzio, simboliza o sofrimento das pessoas que esperam pela casa, e trazia dizeres de vídeos publicados no YouTube sobre a "farra com as moradias populares".
Ele finaliza dizendo que não fazia protesto, e sim propaganda do movimento, que se chama "Fila Única EMHA-AGEHAB".
Em Campo Grande, o déficit habitacional é de aproximadamente 35 mil residências. Na semana passada, outro grupo fez protesto contra a demora na fila de espera por uma casa nos cadastros dos órgãos oficiais.