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Cidades

HR diz que liberou remédio a índia, mas não houve tempo

Redação | 04/10/2010 15:44

O diretor técnino-assistencial do HR (Hospital Regional) de Campo Grande, Alexandre Frizzo, informou ao Campo Grande News que quando chegou até ele a solicitação de um medicamento para a índia Terena Vanessa Rodrigues Gabriel, de 11 anos,houve a liberação, mas ela não chegou a usar a medicação. Vanessa morreu na semana passada no hospital, depois de esperar vários dias pelo medicamento Rituximab, droga que tem custo de R$ 5,7 mil por ampola de 50 ml.

Vanessa sofria de lúpus, doença crônica que afeta vários órgãos do corpo. Ela já estava com o rim comprometido. A medicação havia sido prescrita para ela no ambulatório no dia 16 de setembro, mas não foi fornecida pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde), responsável pela saúde indígena, sob o argumento de que o hospital deveria fornecer o remédio.

Enquanto a menina aguardada o remédio, HR, Funasa e Funai trocaram ofícios a respeito. No primeiro ofício, datado de 20 de setembro e assinado pelo coordenador regional da Funai, Edson Fagundes, a fundação solicita à Funasa que seja fornecida a medicação.

No dia 22 de setembro, o coordenador regional da Funasa, Flávio da Costra Britto Neto, respondeu que o HR, onde Vanessa estava em tratamento, deveria providenciar o medicamento pois recebe recursos para a atenção especializadas aos povos indígenas, enquanto a Fundação tem a função de garantir a atenção básica apenas.

Diante da resposta, no dia 27 de setembro, o coordenador da Funai encaminhou novo ofício ao Hospital Regional, com o alerta "urgente", e para tentar conseguir o remédio mais rapidamente

O diretor do HR contrapõe o argumento da Funasa e diz que era obrigação sim, fornecer o medicamento quando a menina estava em tratamento ambulatorial. De toda forma, segundo ele, quando houve o pedido oficial, o remédio foi liberado, mas não houve tempo hábil.

Frizzo afirma, ainda, que diante do estado da menina, não há como afirmar se o medicamento poderia reverter o, mesmo que tivesse sido fornecido anteriormente.

A menina morreu apenas 8 dias após completar 11 anos. Ela veio da Terra Indígena Buriti, localizada nos municípios de Dois Irmãos do Buriti e Sidrolândia, para se tratar em Campo Grande.

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