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Cidades

Ida ao médico faz mulher viver mais do que o homem em MS e no país

Edivaldo Bitencourt e Aliny Mary Dias | 02/08/2013 11:38
Expectativa de vida dos homens é de 70,21 anos (Foto: Marcos Ermínio)
Expectativa de vida dos homens é de 70,21 anos (Foto: Marcos Ermínio)

Nos últimos 30 anos, as mulheres passaram a viver ainda mais do que os homens em Mato Grosso do Sul. Mais cuidadosas com a saúde e precavidas do que eles, elas têm expectativa de vida de 77,56 anos, enquanto o sexo masculino só 70,21. A diferença entre os dois sexos, que já era grande em 1980, aumentou ainda mais, de 4,47 para 7,15 anos.

“Eu acho que as mulheres vivem mais porque a maioria dos homens não procura o médico”, afirmou Maria Antonieta da Cruz, 65 anos, que faz exercícios diariamente e não tem preguiça. “O segredo para viver mais é caminhar duas vezes ao dia, pelo menos 40 minutos, e tomar muito sol”, recomenda.

E as mulheres têm obtido mais sucesso, conforme consta da publicação “Tábuas da Mortalidade por Sexo e Idade – Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação 2010”, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entre 1980 e 2010, a expectativa de vida do sul-mato-grossense teve aumento de 10,01 anos, de 63,79 para 73,80. É a 10ª maior do País no ranking liderado pelo Distrito Federal (76,23 anos). No País, a média de idade teve incremento de 11,24 anos, de 62,52 para 73,76.

A evolução no Estado só não foi melhor por causa dos homens, que nem sempre são preocupados em cuidar da saúde. “Fumei bastante e só parei depois que tive um problema sério”, admitiu Abdo Vieira de Souza, 77 anos, que já adota alguns cuidados. “Agora, eu me cuido mais, procuro evitar as gorduras e comer mais frutas”, conta.

Pelo jeito, o exemplo é seguido pela maior parte da população masculina. A expectativa de vida deles só teve aumento de 8,66 anos em três décadas, enquanto elas evoluíram 11,34 anos em Mato Grosso do Sul.

Homens acham que mulheres vivem mais porque elas vão ao médico com frequência (Foto: Marcos Ermínio)
Homens acham que mulheres vivem mais porque elas vão ao médico com frequência (Foto: Marcos Ermínio)

Apesar da pouca oscilação, eles possuem a 8ª maior expectativa de vida do Brasil, de 70,41 anos, só atrás do DF (72,53), RS (72,55), SC (73,73), SP (72,64), MG (72,47), PR (71,97) E ES (71,90). A média nacional é de 70,21 anos.

Vilma Campos, 67 anos, quer chegar a um século de vida. “O segredopara viver até os 100 anos é ser alegre e amar a vida. Eu sempre fiz exames e faço check upa uma vez por ano, mas o importante mesmo é ser feliz”, conta .

Muitas mulheres tem seguido a risca o mapa da felicidade recomenda por Vilma. Entre 1980 e 2010, a expectativa de vida das mulheres passou de 65,69 para 77,38 anos. Apesar de ser maior do que eles, a mulher sul-mato-grossense tem a 10ª maior expectativa de vida entre as 27 unidades da federação, atrás das que moram no DF (79,74), RS (79,15), SC (79,90), PR (78,64), PR (78,64), SP (79,20), RJ (77,60), ES (79,49), MG (78,30) e RN (78,02).

Os homens reconhecem que elas vivem mais. “A gente vai no médico porque precisa ir, mas as mulheres ganham muito da gente. Elas se cuidam muito mais”, explica Edson Jacques, 73 anos.

“Eu sempre cuidei da minha alimentação para chegar na terceira idade saudável. Eu também caminho bastante e sempre vou ao médico. Pra mim, os homens vivem menos porque a gente precisa levá-los arrastados. Eles só querem ir pro médico quando estou morrendo”, brinca Tassiana Dias, 65 anos.

Para Vilma, segredo da longevidade é a alegria de viver (Foto: Marcos Ermínio)
Para Vilma, segredo da longevidade é a alegria de viver (Foto: Marcos Ermínio)
Abdo Vieira admite não ter cuidado da saúde anos atrás e hoje busca algumas alternativas (Foto: Marcos Ermínio)
Abdo Vieira admite não ter cuidado da saúde anos atrás e hoje busca algumas alternativas (Foto: Marcos Ermínio)
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