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Interior

Polícia suspeita de crime passional no sumiço de servidora e homem é preso

A Polícia Civil não descarta envolvimento de outras pessoas no caso. A jovem já está desaparecida há 35 dias

Viviane Oliveira | 20/08/2019 09:35
Nathália desapareceu no dia 15 de do mês passado em Porto Murtinho (Foto: reprodução/Facebook)
Nathália desapareceu no dia 15 de do mês passado em Porto Murtinho (Foto: reprodução/Facebook)

A Polícia Civil de Porto Murtinho, distante 431 quilômetros de Campo Grande, suspeita de crime passional no sumiço da funcionária pública Nathália Alves Corrêa Baptista, 27 anos, vista pela última vez no dia 15 do mês passado, após deixar a casa de uma amiga. José Romero, 37 anos, gerente de uma pousada na cidade, está preso por suspeita de envolvimento. 

Com mandado de prisão temporária em aberto, José Romero se apresentou ontem à polícia. Ele, que matinha relacionamento extraconjugal com a vítima, foi trazido para Campo Grande e deverá ser ouvido nesta manhã (20) pelo delegado João Cleber Dorneles, responsável pelo caso, na DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), que auxilia nas investigações.

Segundo João Cleber, o caso é investigado como homicídio. José Romero nega envolvimento no sumiço da mulher. Ainda não há pistas do paradeiro da jovem. “Estamos tentando desvendar isso. Ela já está há muito tempo desaparecida”, disse. A polícia não descarta envolvimento de outras pessoas no caso.

José Romero se tornou alvo das investigações depois que a quebra de sigilo telefônico de Nathália mostrou que ele foi a última pessoa a ligar e enviar mensagens para ela antes do desaparecimento. Os dois tinham envolvimento amoroso e se encontravam com frequência na pousada onde ele trabalhava.

Após o desaparecimento, o carro da servidora foi encontrado em frente à casa do padrasto dela, que fica a poucos metros do local, ponto exato em que testemunhas relataram que ela estacionava sempre que ia se encontrar com José Romero. Para a polícia, isso indica que ele foi de fato a última pessoa a ver Nathália. Afastada do trabalho em Campo Grande, a jovem estava morando em Porto Murtinho.

No dia que desapareceu, a servidora se preparava para retornar a Campo Grande, onde morava com a filha e a mãe. Nathállia fazia tratamento contra a depressão e já ficou uma semana sem dar notícias para a família. Um homem de 43 anos também investigado por envolvimento foi preso por porte ilegal de arma. Ele pagou fiança na semana passada no valor de R$ 1 mil e foi liberado.

A servidora era testemunha de uma ação penal de estupro de vulnerável. A audiência divulgada nesta terça-feira (20) no Diário Oficial da Justiça foi agendada para as 13h25 do dia 15 de outubro. Como estava morando em Porto Murtinho, ela seria ouvida por videoconferência. Não há informação sobre o caso, pois o processo corre em segredo de Justiça. Também não se sabe se o fato tem ligação com o desaparecimento dela.

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