Acusado de ser “testa de ferro” de Pavão, advogado foi morto com 12 tiros
Gustavo Carneiro havia sido preso em 2024 em operação que mirou lavagem de dinheiro de narcotraficante
Executado nesta quinta-feira (8) em frente à escola do filho, o advogado paraguaio Gustavo Anibal Medina Carneiro, 39, foi alvejado com 12 tiros de pistola 9 milímetros, principalmente na cabeça. O crime ocorreu por volta de 11h (de MS), no Bairro Virgem de Caacupé, em Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (MS).
RESUMO
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Advogado ligado a Jarvis Pavão é executado com 12 tiros no Paraguai Gustavo Anibal Medina Carneiro, 39, foi morto a tiros em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia na fronteira com Ponta Porã (MS). O crime ocorreu em frente a uma escola, onde o advogado buscava o filho, que presenciou a execução. Medina Carneiro era investigado por lavagem de dinheiro e apontado como "testa de ferro" do narcotraficante Jarvis Pavão. A vítima foi atingida por 12 disparos de pistola 9mm, a maioria na cabeça. Medina Carneiro era réu em processo da Operação Pavo Real PY, que desmantelou o esquema de lavagem de dinheiro de Pavão. Uma advogada foi detida ao tentar pegar o celular da vítima e o Ministério Público investiga sua participação. A defesa de Medina Carneiro havia proposto um acordo, rejeitado pela justiça paraguaia. A polícia ainda não identificou os autores do crime.
O advogado era um dos investigados no âmbito da Operação Pavo Real PY, deflagrada em julho de 2023 pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) contra o esquema de lavagem de dinheiro controlado pelo narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão, o "Barão das Drogas".
Proibido de deixar o país, Gustavo e outras 23 pessoas foram denunciados por serem “testas de ferro” de Jarvis Pavão e seus familiares. Atualmente, o narcotraficante cumpre pena no presídio federal de Brasília.
Conforme a Polícia Nacional, na manhã de hoje, o advogado foi à Escola Adventista para buscar o filho. Ele dava a volta no veículo para assumir a condução quando foi alvejado pelos atiradores a bordo de carro não identificado. A criança já estava dentro do veículo e presenciou o crime.
A execução ocorreu no cruzamento das ruas 15 de Agosto e Teresa Roa de Caballero. Cápsulas deflagradas foram recolhidas pelos peritos.
De acordo com a ocorrência policial, uma advogada, identificada como Claudia Larize Ruiz Cristaldo, 36, foi detida por ordem do promotor Rodrigo Espínola, ao ser flagrada tentando se apoderar do celular do advogado morto. O Ministério Público paraguaio ainda não informou se ela segue presa ou se apenas vai ser ouvida como testemunha.
Gustavo Anibal Carneiro foi denunciado no ano passado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo o MP do país vizinho, ele possuía ações de empresas ligadas à organização de Jarvis Pavão e imóveis registrados em seu nome. A ação está em andamento e haverá audiência do caso no dia 20 deste mês.
Alegando falta de provas, a defesa de Gustavo tentou a suspensão condicional do processo e propôs a doação de oito computadores como reparação pelos danos sociais causados. Entretanto, o MP paraguaio rejeitou o acordo. A polícia segue sem pista dos pistoleiros.
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