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Interior

Após meio expediente e cortes, Naviraí dará férias coletivas para economizar

Helio de Freitas, de Dourados | 20/07/2015 09:58
Léo Matos, prefeito de Naviraí, pode dar férias coletivas aos servidores para economizar (Foto: Divulgação)
Léo Matos, prefeito de Naviraí, pode dar férias coletivas aos servidores para economizar (Foto: Divulgação)

A prefeitura de Naviraí, cidade a 366 km de Campo Grande, pode colocar os servidores em férias coletivas, em mais uma tentativa de reduzir os gastos para enfrentar a crise financeira que assola a maioria dos municípios brasileiros. A medida foi admitida no fim de semana pelo prefeito Léo Matos (sem partido) e pode ser anunciada nos próximos dias.

Na cidade de 50 mil habitantes localizada na região sul de Mato Grosso do Sul, a prefeitura já adotou outras ações para cortar gastos, mas a falta de dinheiro continua e, segundo o prefeito, é preciso arrochar ainda mais para garantir serviços essenciais, como saúde, educação e limpeza pública.

Os órgãos municipais já funcionam apenas meio período, das 7h às 12h, para reduzir gastos com custeio. O prefeito também determinou corte no pagamento de horas extras, diárias, viagens e empenho para novos serviços e suspendeu a locação de equipamentos.

De acordo com a prefeitura, além de afetar serviços do dia a dia, a queda do repasse do governo federal prejudica o andamento de obras na cidade. “Licitamos o asfalto para o Jardim Oásis, Avenida Ponta Porã, asfalto e duplicação da Rua André Rodrigues no BNH, ciclovias, mas está tudo parado, esperando o dinheiro do governo federal”, afirmou Léo Matos.

Segundo ele, obras já em andamento também estão sem repasse dos recursos federais. “A medição é feita, mas o pagamento não é realizado pelo governo”.

Outras cidades - As prefeituras de Coronel Sapucaia e Itaporã já adotaram férias coletivas e redução do horário de expediente de algumas repartições, também para economizar.

Em Coronel Sapucaia, a 400 km de Campo Grande, a prefeita Nilceia Alves de Souza deu férias coletivas aos funcionários públicos municipais na semana passada. Em Itaporã, a 227 km de Campo Grande, o prefeito Wallas Milfont (PDT) reduziu para cinco horas diárias o expediente de trabalho.

Em Caarapó, a 283 km da Capital, os servidores estão em férias coletivas há uma semana. O prefeito Mário Valério (PR) justificou o ato como parte do plano de contenção de gastos adotado por conta da queda dos repasses federais.

Segundo o prefeito, além da crise geral que afeta o país, nesse período há diminuição acentuada das receitas municipais, o que obriga os prefeitos a adotarem medidas para fazer frente à perda de recursos financeiros. Em alguns casos, há até demissões, medida que Valério quer evitar.

Em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, o prefeito Ludimar Novais (sem partido) disse sábado ao Campo Grande News que já determinou a demissão de pelo menos cem funcionários contratados e redução do salário dele, do vice-prefeito, de secretários e de servidores comissionados com salários maiores. “Estamos aprendendo a fazer mágica, porque realmente a situação é muito difícil e está cada vez mais complicada”.

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