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Interior

Atentado contra indígena: testemunha diz que atiradores estavam de moto

Segundo morador da aldeia, atiradores que balearam comerciante eram “brancos”

Helio de Freitas, de Dourados | 01/08/2022 17:15
Indígena mostra cápsula recolhida no local onde morador da aldeia foi baleado (Foto: Reprodução)
Indígena mostra cápsula recolhida no local onde morador da aldeia foi baleado (Foto: Reprodução)

Os pistoleiros que tentaram matar o comerciante indígena Vitorino Sanches, 60, hoje (1º) em Amambai (a 531 km de Campo Grande), estavam de moto e prepararam emboscada para a vítima em estrada vicinal de acesso à aldeia. A versão é contada por testemunha, segundo apurou o Campo Grande News.

Vitorino voltava para a aldeia em sua caminhonete Toyota Hilux preta quando foi alvo de pelo menos 15 tiros. Dois disparos acertaram a vítima no braço esquerdo. Dono de pequeno comércio dentro da aldeia, ele permanece internado no Hospital Regional de Amambai.

Morador da aldeia que passava pelo local disse que os dois homens estavam em uma moto Honda Biz vermelha e não eram indígenas. A amigos, a testemunha contou que ouviu a Toyota preta acelerando em direção a um sítio ao lado da estrada para fugir dos pistoleiros. Em seguida, a dupla voltou em direção à cidade. A Aldeia Guapo’y Amambai fica a 5 km do centro de Amambai.

O Campo Grande News apurou com moradores da aldeia que Votorino não tem ligação com o grupo que ocupa a Fazenda Borda da Mata, palco do confronto de índios com policiais militares do Batalhão de Choque, no dia 24 de junho.

A principal suspeita é que o atentado seja motivado pela eleição para escolha do novo capitão, ocorrida ontem. A chapa formada pelo líder Arsênio Vasques (capitão) e a professora Lurdelice Moreira Nelson (vice-capitã) foi eleita com 1.040 votos.

No dia 14 do mês passado, o indígena Marcio Rosa Moreira, 40, foi morto a tiros ao ser atraído para um trabalho em construção no Residencial Anali, no perímetro urbano.

Moradores da aldeia afirmam que ele foi vítima pistoleiros a mando de fazendeiros da região, mas a Polícia Civil afirmou que o crime não teve ligação com o conflito por terra. Entretanto, os investigadores ainda não revelaram quais seriam os motivos do crime.

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