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Interior

Aty Guaçu denuncia ataques a índios que ocupam sete fazendas

De acordo com ONG que defende interesses dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul, pelo menos 200 homens armados teriam tentado desocupar fazendas à força

Helio de Freitas, de Dourados | 29/08/2015 16:12
Policiais do DOF conversam com índios que ocupam fazendas antes do ataque deste sábado; polícia ainda não se manifestou (Foto: Divulgação/DOF)
Policiais do DOF conversam com índios que ocupam fazendas antes do ataque deste sábado; polícia ainda não se manifestou (Foto: Divulgação/DOF)

Homens armados atacaram no início da tarde deste sábado (30) os índios guarani-kaiowá que ocupam sete fazendas no município de Antonio João, a 279 km de Campo Grande, na fronteira do Brasil com o Paraguai. A denúncia foi feita em rede social pela ONG (organização não-governamental) Aty Guaçu, que defende os interesses dos povos indígenas em Mato Grosso do Sul.

“Mais de 200 pistoleiros armados, paramilitares das fazendas, atacaram a tiros, massacraram de forma terrorista as comunidades guarani-kaiowá no Tekoha Marangatu, em Antonio João. Há massacre dos indígenas, coordenado pela fazendeira Roseli Silva [presidente do Sindicato Rural de Antonio João e proprietária de uma das áreas ocupadas]. Não sabemos ainda quantos indígenas foram assassinados, torturados, feridos e agredidos”, denunciou a ONG Aty Guaçu em postagem no Facebook.

Entretanto, até agora não há confirmação da denúncia feita pela Aty Guaçu, mas em Antonio João as informações são de que um grupo de fazendeiros foi a uma das fazendas e teria tentado, à força, desocupar a área. Houve confronto, mas não se sabe se tem feridos.

Na manhã deste sábado teve uma reunião no Sindicato Rural de Antonio João, entre produtores rurais, políticos de Mato Grosso do Sul e representantes de órgãos de segurança pública. De acordo com o site Ponta Porã Informa, os produtores rurais abandonaram a reunião no momento em que o senador Waldemir Moka (PMDB/MS) começou a discursar e saíram prometendo que retomariam as fazendas invadidas ainda hoje.

Equipes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), da Polícia Militar e da Força Nacional estão próximas ao local de conflito, mas ainda não se manifestaram.

O Campo Grande News fez contato com a advogada Luana Ruiz Silva, filha de Roseli e de Pio Queiroz, donos de parte das áreas ocupadas pelos índios, mas ela não se manifestou.

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