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Interior

Cobrada, prefeitura faz silêncio e servidores temem ficar sem 13º salário

Enfermeiros do Hospital da Vida e da UPA ameaçam iniciar greve no dia 15 se prefeitura não definir pagamento

Helio de Freitas, de Dourados | 04/12/2018 15:24
Crise na fundação que administra Hospital da Vida e UPA deixa servidores preocupados com 13º salário (Foto: Divulgação)
Crise na fundação que administra Hospital da Vida e UPA deixa servidores preocupados com 13º salário (Foto: Divulgação)

O silêncio da prefeitura sobre o 13º salário deixa servidores municipais preocupados em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Após o escalonamento do abono no ano passado, o funcionalismo teme ficar sem o dinheiro em 2018 e algumas categorias já falam até em greve.

Se não bastasse o arrocho financeiro que afeta a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, a administração Délia Razuk (PR) está às voltas com uma grave crise política provocada pela Operação Pregão, do Ministério Público. Dois de seus importantes assessores, uma vereadora da base aliada e o dono da empresa responsável pela limpeza de escolas e postos de saúde estão presos.

Nesta terça-feira (4), o Campo Grande News apurou que profissionais de enfermagem contratados pela Funsaud (Fundação de Saúde de Dourados) ameaçam entrar em greve a partir do dia 15 deste mês se a prefeitura não definir a data de pagamento do 13º.

A Funsaud administra o Hospital da Vida e a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), responsáveis pelos casos de urgência e emergência de toda a região.

“No ano passado tivemos de fazer paralisação para receber o salário de dezembro e o 13º, que eles ainda dividiram em três parcelas. Prometeram que neste ano não iria acontecer, mas não dão uma resposta, tratam os servidores com descaso”, afirmou um profissional de saúde que pediu para ter o nome preservado.

A reportagem falou com o secretário municipal de Saúde Renato Vidigal, mas ele disse desconhecer ameaça de greve dos servidores. Sobre o 13º salário, disse que em relação aos funcionários da Secretaria de Saúde o pagamento vai seguir o cronograma da prefeitura. Já sobre o 13º dos servidores da Funsaud, só a direção da fundação poderia informar.

O presidente da Funsaud, Daniel Fernandes Rosa - o quarto a assumir o cargo em um ano e meio - foi procurado, mas não tinha se manifestado até 15h20 desta terça-feira.

Por meio da assessoria, o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) informou não ter recebido qualquer comunicado sobre eventual atraso no 13º dos educadores e disse esperar o pagamento no dia 20 deste mês.

O Campo Grande News procurou a assessoria de imprensa da prefeitura nesta segunda-feira (3) para saber sobre a previsão de pagamento do 13º dos servidores municipais. Hoje o questionamento foi feito novamente, mas não houve resposta.

Na sessão da Câmara, ontem à noite, o vereador Marçal Filho (PSDB) cobrou explicações sobre a crise financeira da Funsaud

Segundo ele, em novembro de 2017 a prefeitura declarou emergência financeira da Funsaud por uma dívida de R$ 21,4 milhões. Por mês a fundação acumula déficit de R$ 1 milhão. "Precisamos saber o que vem sendo feito para sanar esse problema. Os funcionários que trabalham na UPA e no Hospital da Vida não têm culpa da falta de gestão".

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