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Interior

Combates aéreo e por terra concentram o cerco ao fogo no topo da Serra do Amolar

Incêndios já teriam queimado 20 mil hectares de capim no entorno da morraria

Por Silvio de Andrade, de Corumbá | 05/10/2025 13:50
Combates aéreo e por terra concentram o cerco ao fogo no topo da Serra do Amolar
Fogo se concentra em um vale e extremidades da morraria e atinge áreas de capim. (Foto: Divulgação/IHP)

Vinte brigadistas do Prevfogo (Programa de Brigadas Federais de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais) e do Alto Pantanal, com apoio de um helicóptero do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e dois aviões lançadores de água, mantêm o combate aos incêndios que se prolongam por uma semana na Serra do Amolar, uma das regiões mais preservadas do Pantanal de Corumbá.

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Brigadistas do Prevfogo e do Alto Pantanal, com suporte aéreo do Ibama e da Defesa Civil, combatem incêndios na Serra do Amolar, em Corumbá. O fogo, iniciado por um raio em 27 de setembro, já consumiu aproximadamente 20 mil hectares de área preservada do Pantanal. O combate concentra-se em um vale na região montanhosa, próximo à fronteira com a Bolívia, atingindo áreas de reservas e propriedades privadas. As equipes enfrentam dificuldades devido ao difícil acesso e às mudanças constantes na direção do vento, trabalhando para evitar a propagação do fogo para a planície.

O fogo se concentra atualmente em um vale sobre a morraria e a prioridade é evitar que se propague pelas extremidades e chegue nas áreas de vegetação, informou o presidente do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Ângelo Rabelo, após fazer um sobrevoo na região.

Estima-se que cerca de 20 mil hectares de capim, entre o topo e a borda da morraria, já foram queimados. O fogo começou em 27 de setembro, provavelmente causado por um raio durante a mudança do tempo na região.

“O esforço no combate direto e aéreo é no sentido de controlar o fogo nesse vale, a quase mil metros de altura, evitando que ele chegue à planície. Mas, as dificuldades são extremas, por falta de acesso, e o vento não ajuda, mudando de direção”, explicou Rabelo.

Proteção com aceiros - Os focos estão localizados próximos à fronteira com a Bolívia e em áreas de reservas e três fazendas (Santo Antônio, de propriedade da senadora Tereza Cristina, e Mandioré e Gaiva, do espólio da família Derzi).

Uma equipe de 15 brigadistas do Prevfogo está se deslocando para as propriedades privadas com a finalidade de protege-las, em caso de o fogo se alastrar. Os proprietários e o IHP solicitaram apoio e na próxima semana equipamentos pesados chegarão à área crítica para abertura de aceiros.

Além do helicóptero do Ibama, que está operando desde o dia 30 de setembro, o combate aéreo conta com duas aeronaves modelo Ipanema, da Defesa Civil do Estado, que estão usando a pista da reserva Acurizal para reabastecimento. A região não tem pistas de 1.000 metros para operação dos Air Tractor.