Concessionária deve regularizar energia na zona rural de Paranaíba
Moradores denunciam apagões de horas e falta de manutenção na rede elétrica
A Justiça determinou que a Energisa apresente, em até 30 dias, um plano de ação para regularizar o fornecimento de energia na zona rural de Paranaíba, município a 408 km de Campo Grande. Caso não cumpra a decisão, a concessionária estará sujeita a multa diária de R$ 50 mil.
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A Justiça determinou que a Energisa apresente um plano de ação em 30 dias para regularizar o fornecimento de energia na zona rural de Paranaíba, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A ação foi movida pelo MPMS devido a falhas no serviço desde 2018, afetando moradores e pequenos produtores. A Energisa alega que os problemas estão dentro dos padrões da Aneel, mas consumidores discordam. A empresa ainda não se manifestou sobre a decisão.
A Ação Civil Pública foi movida pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e acatada parcialmente pela 2ª Vara Cível de Paranaíba. A empresa deve resolver os problemas até o fim do primeiro semestre deste ano, antes do período de estiagem.
Moradores relatam falhas no serviço desde 2018, com quedas frequentes de energia, demora no restabelecimento e incêndios provocados pela falta de manutenção. Pequenos produtores rurais também denunciam prejuízos, especialmente na conservação de produtos de origem animal.
O Campo Grande News teve acesso a uma das ações individuais movidas por consumidores. Em um dos casos, um produtor de leite anexou fotos mostrando fios da rede elétrica sem manutenção, com ninhos de pássaros e em contato com galhos secos, aumentando o risco de curto-circuito.
As comunidades afetadas incluem Alto Santana, Raimundo, Coqueiro, Toizinho, Figueira, Tamandaré, Ponte do Guilhermão e São José do Aporé.
Após três pedidos formais de esclarecimento, a Energisa alegou que os índices de qualidade do fornecimento em Paranaíba estão dentro dos padrões da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e atribuiu as falhas ao mau tempo.
No entanto, em uma reunião pública realizada em novembro de 2024, consumidores reforçaram que os problemas persistem e criticaram a falta de resposta da concessionária. O Ministério Público também teve acesso às ações judiciais movidas pelos produtores.
Ao Campo Grande News, a empresa disse que ainda não foi citada acerca do processo e que "permanece à disposição para quaisquer informações adicionais, reforçando seu compromisso com a transparência e o diálogo".
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