ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SÁBADO  04    CAMPO GRANDE 25º

Interior

Condutor que matou mulher em preferencial se nega a fazer teste de bafômetro

Ademir Silva da Costa alega ter olhado para os dois lados antes de cruzar, versão desmentida por imagens

Helio de Freitas, de Dourados | 01/09/2022 09:39


Se apresentou à Polícia Civil ontem à noite o condutor do veículo que invadiu a preferencial e causou a morte de Franciele Sutil de Assis, 31, nesta quarta-feira (31) em Dourados, a 251 km de Campo Grande. Ademir Silva da Costa, 60, se negou a fazer o teste de bafômetro.

Acompanhado de advogado, Ademir disse que seguia pela Rua Benjamin Constant sentido norte-sul e que no cruzamento com a Avenida Weimar Gonçalves Torres (preferencial) reduziu a velocidade, olhou para os dois lados e como não viu nenhum veículo, atravessou o cruzamento.

A versão dele é desmentida por imagens de câmera de segurança instalada em frente ao local do acidente. No vídeo acima é possível perceber que o carro não diminuiu a velocidade e invadiu o cruzamento, atropelando a motociclista.

A Honda Biz pilotada por Franciele ficou destruída. O corpo dela chegou a ser arrastado por alguns metros embaixo do Ford Ka.

Franciele era funcionária do Edifício Adelina Rigotti, conhecido como “Prédio das Araras”, localizado na Weimar Torres, a quatro quarteirões do local do acidente. Ela voltava para casa após o trabalho.

Ademir Silva da Costa foi autuado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ele alegou que se negou a fazer o teste de bafômetro porque tinha ingerido bebida alcoólica na hora do almoço.

Moto destruída e ao fundo o corpo de Franciele ao lado do Ford Ka (Foto: Adilson Domingos)
Moto destruída e ao fundo o corpo de Franciele ao lado do Ford Ka (Foto: Adilson Domingos)

Conforme o CTB (Código de Trânsito Brasileiro, o motorista que se recusa a ser submetido ao teste está sujeito à multa gravíssima de R$ 2.934,70 e pode ter a licença para dirigir suspensa por 12 meses.

Em maio deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) manteve a validade da punição a motorista que se recusar a passar pelo equipamento.

A decisão foi tomada no julgamento de recurso apresentado pelo Detran do Rio Grande do Sul. Motorista gaúcho parado em blitz se recusou a passar pelo bafômetro. Ele foi multado e recorreu à Justiça alegando que não podia ser punido por se recusar a fazer o teste. O caso foi parar no STF, que validou a multa.

Nos siga no Google Notícias