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Interior

Demitidos não recebem acerto e protestam em frente a terceirizada da Petrobras

Liana Feitosa | 25/11/2014 15:10
Manifestantes reclama que não receberam acerto financeiro referente à rescisão contratual. (Foto: Ricardo Ojeda/ Perfil News)
Manifestantes reclama que não receberam acerto financeiro referente à rescisão contratual. (Foto: Ricardo Ojeda/ Perfil News)

Cerca de 150 trabalhadores contratados pelo Consórcio UFN3 para a construção da Fafen, fábrica de fertilizantes nitrogenados, estão protestando em frente ao escritório da UFN3, na avenida Ranulpho Marques Leal, em Três Lagoas, município a 338 km de Campo Grande porque foram demitidos recentemente e não receberam o pagamento referente à rescisão contratual com a empresa.

A obra é comandada pela Galvão Engenharia, empresa terceirizada pela Petrobras e, segundo o jornal Perfil News, os manifestantes reclamam do descumprimento do acordo estabelecido entre empresa e contratados. A maior parte dos desempregados são do Nordeste do país e falta dinheiro para que retornem à cidade de origem.

“Disseram que iam pagar no dia 3 (deste mês), quando mandaram a gente embora, mas até agora (hoje, dia 25) nada foi cumprido”, afirmou ao jornal Anderson de Jesus, pintor industrial natural da Bahia. Ele chegou em Três Lagoas em fevereiro deste ano para trabalhar no canteiro de obras da UFN3.

Fome - Anderson também alega que os trabalhadores estão passando fome devido às condições financeiras em que se encontram. “Nós cotizamos do pouco dinheiro que temos e compramos pão, manteiga e refrigerante; com isso estamos nos alimentando hoje”, contou ao jornal.

De acordo com os manifestantes, cerca de 150 dos mil trabalhadores que ainda possuíam vínculo com a Fafen foram alojados em um hotel de Três Lagoas no dia 3 deste mês por conta da demissão. A promessa era que eles receberiam a rescisão contratual dez dias depois, no dia 13, o que não ocorreu.

O consórcio, então, prometeu nova data para pagamento, que seria hoje (25), mas até o período da manhã, de acordo com o jornal, a decisão não havia sido cumprida. “Vamos continuar aqui na frente do escritório até que eles paguem a gente, vamos passar a noite, se precisar, e amanhã e depois. Até que cumpram o nosso pagamento”, garantiu Antônio Batista de Farias. “Temos família para sustentar e até agora não mandamos nada (recursos financeiros) para pagar as contas do nosso povo”, completou.

Petrobras - Em nota, a Petrobras alega não cabe a ela se manifestar sobre a saúde financeira, a gestão de negócios ou a mão de obra de suas contratadas. A empresa também afirma que tem fiscalizado a execução do contrato regularmente e adota todas as medidas que julga serem necessárias para o sucesso do empreendimento.

O consórcio não se manifestou e nenhum responsável foi localizado.

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