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Interior

Dívida de droga motivou atentado com dois mortos em festa no Paraguai

Traficantes de Pedro Juan Caballero seriam os alvos do ataque que matou influencer famosa

Helio de Freitas, de Dourados | 03/02/2022 15:40
Marcos Ignacio Rojas Mora morreu no ataque; ele estava sendo ameaçado (Foto: Reprodução)
Marcos Ignacio Rojas Mora morreu no ataque; ele estava sendo ameaçado (Foto: Reprodução)

A polícia paraguaia suspeita que dívida de drogas tenha sido o principal motivo para o ataque a tiros ocorrido na noite de domingo (30) durante a festa com 20 mil pessoas em San Bernardino, no Paraguai. Duas pessoas morreram e cinco ficaram feridas. Os alvos seriam traficantes de Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande).

Morreram no atentado Marcos Ignacio Rojas Mora, 29, que seria traficante e um dos alvos dos atiradores, e a empresária e influenciadora digital famosa no Paraguai Cristina Isabel Vita Aranda Torres, 29. Mulher do jogador de futebol do Olímpia Ivan Torres, Vita Aranda ficou na linha de fogo e foi atingida por bala perdida.

Outros dois traficantes com atuação na fronteira ficaram feridos – José Luis Bogado Quevedo, 38, procurado pela Justiça brasileira, e o boliviano Marcelo Eladio Monteggia Díaz, 40. As outras três vítimas feridas eram frequentadores comuns da festa.

Segundo investigadores da Polícia Nacional, Marcos Mora estava devendo dinheiro de carregamento de cocaína e vinha sofrendo ameaças de morte. Ele foi alvejado por oito tiros e morreu no local.

Monteggia e Bogado Quevedo, que usava documento falso emitido em Mato Grosso do Sul, sofreram ferimentos superficiais. Eles receberam alta terça-feira e estão presos, aguardando extradição para a Bolívia e para o Brasil, respectivamente.

O chefe do Departamento Contra o Crime Organizado da Polícia Nacional, comissário Sergio Insfrán, disse hoje (3) que a principal hipótese é que Marcos Mora tenha comprado cocaína dos fornecedores pedrojuaninos para revender a pequenos traficantes nos arredores da capital Asunción. Como não pagou pelo carregamento, foi condenado à morte.

A polícia encontrou no celular dele provas das ameaças que vinha sofrendo. Mora também estava vendendo móveis e eletrodomésticos de casa para tentar levantar o dinheiro. A mulher dele, de 37 anos, está desaparecida desde domingo.

Policiais paraguaios ainda não informaram quais eram as ligações de Marcos Mora com Bogado Quevedo e com o boliviano Monteggia. Natural de Pedro Juan, Quevedo tem familiares ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e ao Comando Vermelho.

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