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Interior

PCC ameaça servidores de presídio: "a gente vai atirar só na cara"

"A gente vai queimar vocês dentro do carro", diz integrante de facção em vídeo

Adriano Fernandes e Helio de Freitas | 26/05/2021 22:47

No mesmo dia em que um agente penitenciário do presídio de Pedro Juan Caballero, no Paraguai foi executado a tiros o diretor e o chefe de segurança da mesma penitenciária também foram ameaçados de morte, em vídeo gravado por um integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). No recado, o criminoso adverte que o bando pode executar os servidores em circunstâncias ainda piores do que as em que o agente foi morto, na manhã desta quarta-feira (26).

Juan Carlos Valiente Quiñonez, de 37 anos, havia acabado de sair do turno de trabalho na penitenciária quando foi surpreendido por dois atiradores, a cem metros da cadeia, em Pedro Juan Caballero. A cidade paraguaia é vizinha de Ponta Porã e fica a cerca de 323 quilômetros de Campo Grande.

"Se vocês continuarem oprimindo os companheiros aí mano e até mesmo qualquer um aí do cárcere de Pedro Juan, vai acontecer com vocês até pior do que aconteceu com o Juan Carlos. A gente vai atirar só na cara de vocês, para vocês aprenderem a não oprimir mais ninguém", avisa o homem diante da tela de um celular onde aparecem escritos os nomes do Luis Esquivel, diretor da penitenciária e do chefe de segurança da unidade prisional, identificado apenas como Felipe. E o homem não para por aí.

"A gente vai pegar e vai matar até o cachorro de vocês, a gente ta mandando um salve aí. Vaza daqui mano, se vocês até pensarem em fazer até compra aqui, qualquer compra aqui, a gente vai empurrar vocês, vai queimar vocês dentro do carro de vocês então vocês parem de oprimir os caras aí no carcere de Pedro Juan, porque os cara não estão sozinhos não, mano, os cara não ta sozinho nunca na vida", completa o integrante da facção enquanto engatilha uma arma. "A gente vai atirar só na cara...vai ser só caixão fechado", reitera.

Apesar das ameças, Luis Esquivel disse em entrevista à imprensa paraguaia nesta quinta-feira (26) que não vai se intimidar. "É um preço que estamos dispostos a pagar pelo bom serviço do trabalho penitenciário, vamos continuar trabalhando sem baixar os braços", disse à respeito das ameaças ao portal Frontera3.

O clima de tensão na Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, começou na última sexta-feira (21), quando funcionários do local foram ameaçados de morte pelos presos durante pente-fino nas celas. As ameaças teriam partido principalmente da facção Clã Rotela, inimiga do PCC. Por causa dos ataques, quatro líderes do grupo foram transferidos.

A Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, ficou conhecida pela fuga em massa de presos ligados à facção brasileira PCC (Primeiro Comando da Capital), em janeiro de 2020.

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