ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 29º

Interior

Homem acusado de assediar cerca de 200 garotos é levado para presídio

Helio de Freitas, de Dourados | 24/10/2014 21:10
Jeferson vai ficar em cela isolada na penitenciária Harry Amorim Costa (Foto: Eliel Oliveira)
Jeferson vai ficar em cela isolada na penitenciária Harry Amorim Costa (Foto: Eliel Oliveira)

O servidor público Jeferson Porto da Silva, 33, acusado de aliciar pelo menos 200 adolescentes em Dourados, a 233 km de Campo Grande, foi transferido na tarde desta sexta-feira para a Phac (Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa). Ele estava em uma cela do 1º Distrito Policial desde domingo, quando foi preso pela Polícia Civil após dois meses de investigação.

Homossexual e portador do vírus HIV, Jeferson teria confessado à polícia que usava dois perfis no Facebook, um verdadeiro e outro falso, em nome de Jéssika Alessandra, para atrair adolescentes. Também admitiu, segundo a delegada do caso, Marina Lemos, que oferecia dinheiro para os garotos fazerem sexo com ele.

Ele é suspeito também de ter cometido crimes de pedofilia e favorecimento à prostituição no período em que trabalhou como professor de geografia em uma escola pública da cidade. Pelo menos 21 vítimas do servidor procuraram a polícia para prestar depoimento.

A delegada deveria ouvir hoje o depoimento da mãe de Jeferson, com quem ele mora no Jardim Água Boa, a diretora da escola onde ele trabalhou como professor e o próprio acusado. Ela foi procurada pelo Campo Grande News, mas não atendeu ao celular nesta sexta-feira.

Com prisão preventiva decretada pelo juiz César de Souza Lima, o servidor foi indiciado por favorecimento à prostituição, pedofilia prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), crime de perigo de contágio de moléstia grave, falsificação de documento, por apresentar um exame falso para atestar que não tinha doença sexualmente transmissível e por estupro de vulnerável, já que um garoto procurou a polícia na quarta-feira acompanhado da mãe e disse que manteve relações sexuais com Jeferson no início de 2013, quando tinha 12 anos de idade.

Jeferson fez contato com o garoto através do Facebook dizendo que ia apresentar umas amigas, mas antes o garoto tinha que sair com ele. O menino teria ido ao encontro acompanhado de um amigo, também de 12 anos, que até ontem não tinha procurado a polícia. Até agora dois garotos já fizeram exame de sangue voluntariamente e o resultado deu negativo para o teste de HIV.

No início desta semana a advogada do servidor, Sebastiana Roque Ribeiro, criticou a investigação policial, disse que as denúncias são inverídicas e informou que seu cliente está em tratamento médico ambulatorial por ter, segundo ela, sofrido abuso sexual na infância “e desde então se submete a rigoroso tratamento clínico-psicológico”.

Nos siga no Google Notícias