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Homem de 57 anos morre de leishmaniose 2 dias após diagnóstico

Vítima, fumante há 40 anos, havia emagrecido 26 quilos nos últimos meses; é a primeira morte por leishmaniose em MS neste ano

Bruna Kaspary e Helio de Freitas, de Dourados | 01/03/2018 11:02
CCZ retomou mutirões de limpeza e eliminação de insetos nesta semana em Dourados (Foto: Divulgação)
CCZ retomou mutirões de limpeza e eliminação de insetos nesta semana em Dourados (Foto: Divulgação)

Um homem de 57 anos de idade morreu de leishmaniose em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande. A morte ocorreu no dia 4 de fevereiro, mas somente hoje (1º) foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde e pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses).

De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, o paciente foi internado inicialmente no Hospital Vida e depois transferido para o HU (Hospital Universitário) da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados).

Fumante há 40 anos, o homem tinha sangramento pelo nariz e estava vomitando e evacuando sangue. Segundo o histórico de atendimento, ele perdeu 26 kg, mas não se sabe exatamente em quanto tempo isso ocorreu.

No dia 2 de fevereiro a doença foi diagnosticada. Ele morreu dois dias depois. A Secretaria de Saúde informou que foi iniciada uma investigação para descobrir o local onde o paciente foi infectado, mas a principal suspeita é que tenha ocorrido em Dourados mesmo.

De acordo com a chefe do CCZ de Dourados, Rosana Alexandre da Silva, o paciente morava na Vila Erondina, onde está sendo feito o bloqueio químico com aplicação de inseticida para eliminar o mosquito transmissor. A última morte por leishmaniose em Dourados tinha ocorrido em 2014.

Doença transmitida pelo mosquito-palha, a leishmaniose matou sete pessoas em Mato Grosso do Sul em 2017, o dobro do número de mortes causadas pela dengue. Foram 125 pessoas diagnosticadas com a doença no ano passado. Em 2018 já foram notificados dez casos, número considerado dentro da normalidade.

Em sete anos, a leishmaniose matou 112 pessoas no Estado e 1.605 pessoas tivera o diagnóstico da doença no mesmo período. O transmissor da leishmaniose se prolifera em matéria orgânica em decomposição.

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