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Interior

Homem é preso com medicamento clandestino avaliado em R$ 750 mil

Botox usado para tratamento estético e outros produtos não identificados estavam sendo levados do Paraguai para SP

Helio de Freitas, de Dourados | 28/07/2017 09:42
Medicamento clandestino foi apreendido ontem pela PRF (Foto: Divulgação/PRF)
Medicamento clandestino foi apreendido ontem pela PRF (Foto: Divulgação/PRF)

Um homem de 39 anos foi preso ontem (27) em Dourados, a 233 km de Campo Grande, transportando medicamentos clandestinos avaliados em R$ 750 mil. Comprados no Paraguai, os produtos estavam sendo levados para São Paulo.

A apreensão foi feita pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) na BR-163. Entre os produtos estavam 565 ampolas de “Neuronox”, composto conhecido por botox e usado em tratamentos clandestinos estéticos e de saúde.

Preso por descaminho e crime contra a saúde pública, o homem carregava também outras substâncias ainda não identificadas. Segundo ele, o material seria comercializado no estado paulista.

O homem viajava em um Hyundai/Santa Fé com placa de Amambai quando foi parado no posto da PRF. Desconfiados, os policiais rodoviários federais fizeram uma vistoria no carro e encontraram cem ampolas rotuladas como “Neuronox – Botulinum Toxin, Type A Complex”, conhecida no Brasil como botox, e 420 ampolas não rotuladas, com as mesmas características.

Ele também levava 45 ampolas contendo pastilhas brancas, cujo composto ainda não foi confirmado.

O medicamento foi levado para a Polícia Federal, onde passou por perícia para identificação das substâncias. Segundo a PRF, o laudo preliminar confirmou a existência de toxina botulínica.

A droga poderia ser utilizada para aplicações médicas clandestinas, de estética e até mesmo para tratamento de disfunções neurológicas e motoras.

Conforme a PRF, além de ser importado ilegalmente, a comercialização do medicamento no país é vedada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A venda ilegal de cada frasco pode chegar a R$ 1.500.

O condutor do carro onde estavam os medicamentos confessou que as ampolas foram adquiridas em Assunção, capital do Paraguai, mas apenas receberia um valor para levar as substâncias até a capital paulista.

A pena prevista para o crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais é de 10 a 15 anos de prisão. O crime de descaminho prevê pena de reclusão de um a quatro anos.

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